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Força e delicadeza: os opostos se conjugam em Rachel Sherazade, do SBT

Rachel Sheherazade, 37, nascida em João Pessoa, ao lado do jornalista e advogado carioca Joseval Peixoto têm dado um novo viés no telejornalismo do SBT

Força e delicadeza: os opostos se conjugam em Rachel Sherazade, do SBT

Ao ser observada, ela parece ser apenas uma jovem mulher, com feições doces e sorriso contagiante. Mas não se engane. Essa doçura sai de cena ao tocar em assuntos espinhosos para dar lugar a uma jornalista incisiva, com opiniões marcantes e personalidade forte. Sem perder a delicadeza ou descer do salto.

Rachel Sheherazade, 37, nascida em João Pessoa, ao lado do jornalista e advogado carioca Joseval Peixoto têm dado um novo viés no telejornalismo do SBT. A conterrânea do dramaturgo e romancista Ariano Suassuna – e também de colunista do Comunique-se, Moacyr Japiassú – demonstra um jeito peculiar de observar a vida, exercendo-o por meio do jornalismo.

Devido a essas opiniões, especialmente um comentário proferido no Carnaval deste ano em que critica a visão que a sociedade tem da festa, Sílvio Santos decidiu contratá-la para dar novos ares ao núcleo de jornalismo da emissora. A mudança da TV Tambaú, afiliada do SBT na Paraíba, tem dado certo. Acompanhe a entrevista concedida ao Portal Comunique-se e saiba um pouco mais a respeito da jornalista paraibana. “Terra onde o sol nasce primeiro”, diz Sheherazade.

Sheherazade é o seu nome de batismo ou seria um nome artístico?
Sheherazade é nome mesmo. Segundo nome. Não adotaria um nome artístico no jornalismo. Acho que comprometeria minha credibilidade.

Qual a sua formação?
Sou formada em jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba.

Você tem algum escritor favorito?
Gosto muito de literatura brasileira, mas não tenho um escritor preferido: são muitos. Fora do Brasil, admiro o Victor Hugo, especialmente pelo livro Os Miseráveis, verdadeira lição de vida e de ética.

Algum filme ou canção que seja importante para você?
Muitos filmes e músicas fazem parte da minha vida. Os episódios dela sempre têm uma trilha sonora ou a lembrança de uma cena. ‘O Pássaro Azul’ é um filme antigo, que assisti quando criança e me ensinou muito sobre felicidade. ‘Inteligência Artificial’ também mexe muito com minhas emoções. Músicas são tantas. ‘Mr Sea’, de Johnny Nash, me comove e me leva, em pensamentos, para perto do mar e do meu pai.

Ser jornalista era seu sonho de criança?
Meu sonho de criança era ser escritora de livros infantis. Sonho que ainda não descartei, por sinal. Mas, o jornalismo veio da minha afinidade com textos, com as letras. Queria optar por um curso que me permitisse desenvolver as habilidades da escrita.

Antes de ser jornalista, você já trabalhou em outra área?
Meu primeiro emprego foi como professora de inglês. Tinha 18 anos. Aos 19, fui aprovada para um concurso público do Tribunal de Justiça da Paraíba. Trabalhei no TJ-PB por dezesseis anos.

Você trabalhou em outra área do jornalismo?
Comecei como repórter de rua. Fiz assessoria de imprensa para o TJPB. Nos últimos anos, ancorava, entrevistava e comentava.

Você é conhecida por ser direta em seus comentários e ao expressar opiniões. Já sofreu perseguição política e editorial por conta de algum posicionamento que você assumiu no ar?
Não, graças a Deus. Nunca dependi de político algum, nem devo favores a qualquer um deles. Nunca consegui nada que não fosse por merecimento pessoal. Por isso, tinha a liberdade de defender minhas opiniões sem qualquer ingerência política. Além disso, a emissora de TV onde eu expunha minhas opiniões também não tinha ligações políticas.

O SBT tem o hábito de alterar sempre a programação da emissora. Você não teve medo dessa mudança constante, ao deixar sua vida em João Pessoa?
Senti muita segurança no convite feito pelo SBT. Eles me ofereceram a realização do meu maior sonho profissional. Além disso, meu marido me apoiou e garantiu que me acompanharia. Não dava para não aceitar.

Está sendo possível conciliar a rotina de mãe, esposa e âncora do SBT?
Sou casada há seis anos e tenho dois filhos. Minha rotina não é fácil, mas conto com o suporte do meu marido e, assim, consigo me dividir entre os filhos, o casamento e a profissão. É claro que sempre fica aquela sensação de eterna insatisfação com relação à maternidade: eu deveria ter mais tempo para os meus filhos.

Você acha que foi o comentário feito a respeito do Carnaval que te abriu a oportunidade de ir para o SBT?
Claro. Eu sempre tive opiniões marcantes. Sempre comentei assuntos delicados e polêmicos. Mas, nunca pensei em deixar meu estado para trabalhar. Nunca fui em busca de outros mercados. Nunca enviei currículos ou fiz contatos em outras praças. Já o SBT estava em busca de um profissional com as minhas características. Se não fosse pelo sucesso que o comentário fez e sua repercussão na internet, dificilmente o Sílvio Santos teria me encontrado e me contratado.

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