Xoom 2, ipad e Playbook

Especialista compara os tablets mais vendidos no Brasil

Afinal, qual é a melhor experiência de usuário num tablet? Para conferir, O GLOBO fez uma comparação entre três dos […]

Especialista compara os tablets mais vendidos no Brasil

Afinal, qual é a melhor experiência de usuário num tablet? Para conferir, O GLOBO fez uma comparação entre três dos principais tablets do mercado – o novo iPad, da Apple, o Xoom 2, da Motorola, e o PlayBook, da RIM (BlackBerry). A principal batalha, no entanto, é entre os sistemas iOS e Android, que têm suas próprias idiossincrasias, por assim dizer.

– O iOS (usado no iPad) é uma experiência transparente para o usuário, pois suas versões são compatíveis com as anteriores e isso facilita muito a usabilidade – diz Jorge Monteiro, diretor executivo da Superfones, empresa de soluções para operadoras de telefonia. – Já o Android (usado pelo Xoom) é interessante para quem usa as ferramentas da Google, pois se integra bem com elas.

Em termos de uso e simplicidade, o iPad ainda é o campeão. Sua inicialização é mais rápida que a dos outros dois, e ele já apresenta de cara a tela principal com os aplicativos -coisa que o Android não faz, pois nele vem primeiro a tela de home a partir da qual se acessa a dos apps.

A tela do Xoom 2 tem boa definição, e fotos e clipes de vídeo são bem visualizados nele, mas a Retina Display do novo iPad, com seus mais de 3 milhões de pixels, está muito além dos outros dois tablets. E, embora seja ligado num pequeno botão traseiro, o tablet da Apple tem como trunfo seu único botão físico na frente, para o retorno à página de apps após a abertura de qualquer um deles. O Xoom 2 também é ligado na parte posterior e apresenta na frente botões virtuais de voltar, home e janelas de apps.

Se o botão único do iPad é o ápice da simplicidade, o Xoom apresenta uma pequena vantagem aqui porque, quando o viramos para mudar o sentido da tela, os botões, justamente por serem virtuais e não físicos, acompanham a mudança. Ficam sempre embaixo, esteja a tela no sentido horizontal ou vertical.

Já o PlayBook – com um sistema operacional proprietário da RIM, como no Blackberry – tem os botões de ligar e volume em cima, no sentido horizontal (o melhor para usá-lo, já que a tela tem 7 polegadas, contra 10 polegadas dos outros dois). Não há botões no entorno da tela. Ao acessar um aplicativo, o usuário, para voltar à tela anterior, precisa fazer um “swipe” (movimento com os dedos) vertical. A tela do app então se reduz e aparece uma seta para voltar ao menu de programinhas.

Som de alta fidelidadeno tablet da Apple

Em termos de qualidade de som e vídeo, o iPad também ganha dos outros. Visitamos o mesmo vídeo on-line nos três tablets, e a qualidade no da Apple foi superior, com uma ambiência mais forte. Por falar em on-line, a conexão à internet (testada através de uma rede Wi-Fi) se mostrou mais robusta no iPad, mas não fez feio no Xoom 2 nem no PlayBook. O site em que o vídeo foi assistido, no entanto, demorou mais a carregar no sistema do PlayBook. Enquanto o site em questão – propositalmente escolhido por abusar de imagens grandes e multimídia – foi rapidamente adaptado e carregado nas telas de iPad e Xoom 2, no PlayBook levou vários segundos até carregar por completo e deu pequenas travadas durante o vídeo.

– Diga-se de passagem que o sistema do BlackBerry (e do PlayBook), embora tecnicamente seja considerado o mais seguro dos três, tende a ser substituído, especialmente nos ambientes corporativos, pelo Android – vaticina Jorge Monteiro. – Isso porque cada vez mais empresas vêm utilizando as soluções de nuvem da Google.

E os aplicativos? O iOS é o líder do setor. São 650 mil aplicativos, com mais de 30 bilhões de downloads, contra 466 mil do Android, com 10 bilhões de downloads – apps suportados também no sistema do PlayBook. Mas o que chama a atenção no iPad são os apps de imagem e música. O que não deixa de ser uma tradição no mundo Mac. A chegada do iPhoto com o novo iPad – praticamente um Photoshop sem a complicação do programa da Adobe – deixa os usuários com muita vontade de editar e brincar com fotos, usando apenas os dedos para ativar os inúmeros recursos. E o GarageBand (agora turbinado com instrumentos de orquestra sinfônica) tem uma fidelidade capaz de virar a cabeça de qualquer músico, amador ou não.

Entretanto, os aplicativos Android entregam toda a utilidade das ferramentas Google com um toque – Gmail, Maps, Talk, Google+, Google Play, busca, Latitude etc. A praticidade de fazer tudo on-line atrai.

– O problema do Android é que, dada a quantidade de versões (o sistema tem código aberto), nem sempre é possível mantê-lo atualizado corretamente – ressalva Monteiro.

Para Adriano Rayol, diretor da Uplay Mobile, que desenvolve apps móveis, o ecossistema Android é mais nebuloso para os programadores justamente pelo mesmo motivo.

– O iOS é mais robusto, enquanto portar aplicativos para Android nem sempre funciona em todas as versões – diz.

As câmeras dos três tablets são de 5 megapixels, e de modo geral intuitivas no uso para fotografias e vídeos. Mas o iPad e o PlayBook gravam vídeos em 1080p, contra 720p do Xoom 2.

Conexão com PC: Xoom 2 e PlayBook se destacam

É no quesito conexão com o computador que o iPad perde, porque necessita do iTunes pré-instalado no PC. Há muito mais usuários de Windows que de Mac, e quem não tem ou não quer ter iTunes no desktop se limitará a importar fotos e vídeos do iPad para o desktop. Não é possível copiar arquivos diretamente para o tablet sem a intermediação do software da Apple.

Já o PlayBook, ao ser conectado à porta USB pela primeira vez, instala o BlackBerrry Device Manager e depois disso é lido como um pen drive comum. Bem mais simples e transparente. E o Xoom 2 instala o MotoCast, função da Motorola que permite a sincronização de seu tablet com o PC via Wi-Fi. Arquivos colocados nas pastas do MotoCast no PC são automaticamente vistos no Xoom. Inclusive, em nosso teste, o tablet detectou automaticamente o MotoCast que fora instalado anteriormente a partir de um smartphone Razr da nova geração, mostrando os arquivos sincronizados naquela ocasião.

No gerenciamento de e-mails e mensagens, os tablets se comportaram bem. Destaque para a combinação inteligente de mensagens de várias contas (Gmail, Facebook, Twitter e LinkedIN) no PlayBook, cujo calendário se conecta aos aniversários dos contatos na rede de Mark Zuckerberg.

No cômputo geral, a experiência de usuário mais simples e direta continua sendo a do iPad, embora as interfaces com o Windows sejam melhores no Xoom 2 e no PlayBook. Alguns usuários mergulharam tão a fundo no universo iPad que não querem mais saber do PC. É o caso de Adriano Rayol, da Uplay.

– Eu nem ligo mais o PC de casa. Fico no iPad direto, até na cama e mesmo na cozinha. Como gosto de cozinhar, muitas vezes ponho um vídeo do chef Jamie Oliver e faço as receitas.

 

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