Operação

Assaltantes de bancos estariam aplicando golpes na venda de carros pelo site OLX, revela delegado

"A maioria dos investigados já cumpre pena no regime semi-aberto porque assaltavam bancos e migraram para esse tipo de crime", detalhou o delegado Marcos Vasconcelos.

Assaltantes de bancos estariam aplicando golpes na venda de carros pelo site OLX, revela delegado

Além dos mandados de prisão, também foram expedidos mandados de busca e apreensão de veículos e aparelhos celulares — Foto:Reprodução

Os assaltantes de banco estão mudando de ramo e migrando para a aplicação de fraudes a partir da venda falsa de carros no site OLX. É o que constatou Marcos Vasconcelos, titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa, que comandou a Operação e-golpe, deflagrada na manhã desta quarta-feira (24) para desarticular uma quadrilha especializada em fraudes com a venda de carros pelo site OLX.

“A maioria dos investigados já cumpre pena no regime semi-aberto porque assaltavam bancos e migraram para esse tipo de crime”, detalhou em entrevista ao ClickPB o delegado Marcos Vasconcelos. Até o momento já foram feitas quatro prisões, faltando apenas efetivar outras duas para totalizar o cumprimento dos seis mandados de prisão expedidos. 

Ao todo, são 19 alvos de investigação. Além dos mandados de prisão, também foram expedidos mandados de busca e apreensão de veículos e aparelhos celulares dos investigados.

O delegado Marcos Vasconcelos explicou ainda a forma como o estelionatário agia na aplicação de seus golpes. Depois de encontrar um anúncio atrativo, o estelionatário negociava com o vendedor e, no ponto de fechar negócio, pedia que a publicidade fosse retirada do site. Depois disso, o estelionatário copiava o anúncio que havia sido apagado, só que com um preço bem abaixo do comum, e aguardava novos clientes.

“Ele faz o anúncio do seu carro com um preço mais barato e claro que vai aparecer alguém para comprar o carro”, explicita o delegado. Assim que aparece um cliente, o estelionatário vai ludibriando e negociando um bem que não será entregue.

De acordo com o delegado, o estelionatário consegue até mesmo fazer com que o interessado no veículo consiga ver o carro que está com o verdadeiro dono. As artimanhas utilizadas pelo estelionatário são tão bem articuladas que o vendedor e o comprador são enganados sem perceber. O estelionatário “cria uma barreira entre o vendedor e o comprador”, segundo o delegado, de tal forma que um não fala com o outro sobre valores e nem sabem que são os verdadeiros negociadores.

O chefe da quadrilha em João Pessoa é conhecido por Júlio César, que tem apoio de outros fraudadores de nomes Lucas, Benigno, Juninho e Sadan, responsáveis pelo recrutamento de pessoas para emprestarem contas bancárias, onde o dinheiro da venda dos veículos era depositado.

A quadrilha tem ainda uma ramificação em Campina Grande, cujo chefe é Leandro Minervino que age de dentro do presídio do Serrotão com o apoio da ex-esposa Ariela e mais três comparsas do lado de fora.

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