Tiros

Menina de 5 anos é morta com tiro no pescoço em festa de Réveillon no Rio de Janeiro

Alice Pamplona de Souza, 5, foi morta com um tiro no pescoço quando celebrava a chegada do ano novo na madrugada de sexta-feira.

Menina de 5 anos é morta com tiro no pescoço em festa de Réveillon no Rio de Janeiro

O corpo de Alice foi enterrado neste sábado — Foto:Reprodução

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Um estampido seco misturado ao som dos fogos de artifício disparados nos céus do Rio de Janeiro celebrando a chegada de 2021 inaugurou as estatísticas de crianças mortas por armas de fogo no estado neste ano.
Alice Pamplona de Souza, 5, foi morta com um tiro no pescoço quando celebrava a chegada do ano novo na madrugada de sexta-feira (1º) com a família e amigos no morro do Turano, na região central da capital.

Vídeo registrado por pessoas que estavam na festa, exibido pela TV Globo, mostra os fogos de artifícios explodindo no céu quando, aos 52 segundos, dois estampidos secos são ouvidos. Um choro vem logo depois, seguido de gritos de desespero dos convidados.

“Às 0h07 já estávamos dentro no hospital”, diz Mayara Aparecida de Souza, 22, prima e madrinha da menina.

Alice chegou a ser socorrida e levada ao Hospital Casa Portugal, no mesmo bairro, mas não resistiu. O corpo da menina foi enterrado hoje no Cemitério do Caju, na região portuária do Rio.

O caso foi registrado na 6ª DP (Cidade Nova), que instaurou inquérito para apurar os fatos. Os pais já prestaram depoimento na unidade policial. Outras testemunhas também estão sendo chamadas.

Segundo nota da Polícia Civil, o caso ficará sob a responsabilidade da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Ainda não se sabe de onde partiu o tiro que atingiu a criança.

A Polícia Militar informou que não houve registro de operações policiais na região no momento em que a menina foi atingida.

Alice estava no colo da mãe, no quintal da casa da madrinha quando foi baleada. Os familiares chegaram a pensar que se tratasse de um ferimento por fogos de artifício, e só descobriram a causa da morte com o atestado de óbito que indicava a perfuração por um projétil.

O ajudante de construção Luís Henrique Albuquerque, 27, tio de Alice, diz que tinha a menina como uma filha.

“Estávamos sempre conversando, brincando. Na última quinta, brincamos, ela fez tranças no meu cabelo e disse que eu estava lindo daquele jeito”, lembra o tio, que trabalha em uma loja de material de construção.

Durante o velório, no começo da tarde deste sábado, a mãe de Alice, Franciely da Silva, passou mal e precisou ser amparada e levada ao hospital. Era a sua única filha.
De acordo com a ONG Rio de Paz, 12 crianças foram mortas vítimas de armas de fogo no estado no ano passado.

“Mais um caso de criança pobre que o Rio impediu de crescer. Alice entra para a estatística de criança morta por bala perdida, lado mais hediondo do crime. O que os governos têm feito para evitar armas e munição no Rio?”, afirmou Antônio Carlos Costa, presidente do Rio de Paz.

As últimas foram Emily Victória Silva dos Santos, 4, e Rebeca Beatriz Rodrigues dos Santos, 7, mortas ao serem atingidas por balas de arma de fogo em dezembro quando brincavam na porta de casa.

A família atribuiu o caso a policiais que patrulhavam a região. A PM nega que tenha ocorrido disparos por parte de seus agentes. O caso está sob investigação da Divisão de Homicídios.

A primeira em 2020 foi Anna Carolina de Souza Neves, 8, atingida por uma bala perdida na cabeça no sofá de casa em Belford Roxo, na região metropolitana, em 9 de janeiro. Vinte dias depois, foi a vez de João Vitor Moreira dos Santos, 14, também baleado na cabeça quando voltava de uma festa com a família no bairro Vila Kosmos, zona norte do Rio.

Em 6 de fevereiro, Luiz Antônio de Souza Ferreira da Silva, 14, foi atingido na perna assim que saiu de uma consulta no psicólogo com a mãe adotiva em São João de Meriti, também na região metropolitana, e morreu no dia seguinte.

Um dos casos que causaram maior comoção foi o do menino João Pedro Mattos, 14. Ele foi baleado nas costas dentro da casa de seus tios durante uma operação, no dia 18 de maio.

Os três policiais que fizeram a incursão dizem que houve troca de tiros com bandidos que fugiram pelo muro, mas os primos de João afirmam que não havia bandidos e que os agentes chegaram atirando.

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