Rio Grande do Sul

MP-RS denuncia cirurgião plástico por crimes sexuais contra 18 mulheres

Ele é acusado de cometer ao menos 34 vezes os crimes de estupro, violação sexual mediante fraude, atentado violento ao pudor, importunação sexual e assédio sexual entre 2005 e 2021.

MP-RS denuncia cirurgião plástico por crimes sexuais contra 18 mulheres

Klaus Brodbeck foi denunciado pelo MP-RS por crimes contra 18 mulheres. — Foto:Reprodução/RBS TV

O cirurgião plástico Klaus Wietzke Brodbeck foi denunciado, nesta sexta-feira (3), pelo Ministério Público do estado (MP-RS) por cometer crimes sexuais contra 18 mulheres entre 2005 e 2021. De acordo com a promotora Claudia Regina Lenz Rosa, que protocolou a denúncia junto à 2ª Vara Criminal de Porto Alegre, ele teria cometido ao menos 34 vezes os crimes de estupro, violação sexual mediante fraude, atentado violento ao pudor – vigente à época de alguns fatos –, importunação sexual e assédio sexual.

Klaus está preso preventivamente desde 16 de julho. O advogado dele, Diego Cabral, reafirma a inocência do seu cliente e que irá provar no processo “que o modo de atuação do Dr. Klaus estava dentro dos padrões, razão pela qual se tornou renomado Cirurgião plástico, em todo país”.

O Tribunal de Justiça do estado ainda não confirmou se a denúncia foi aceita.

“As vítimas o procuravam por ser um especialista em bioplastia de glúteos. Elas chegavam no consultório e, diante de uma sumidade na área da cirurgia plástica, não imaginavam que aquele médico respeitado, com tantas clientes bonitas, abusaria delas. Pensavam estar imaginando coisas. Muitas vezes ele passava a mão nas partes íntimas. Em outras, o ato ficava explícito, como quando, por exemplo, ele propunha sexo como forma de pagamento e, muitas vezes, estuprava diante da negativa”, afirma a promotora.

O médico também sofreu uma interdição cautelar total e temporária por determinação do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers). Assim, enquanto durar a sindicância, no prazo máximo de 180 dias, ele não pode exercer a medicina.

Entenda a denúncia

Segundo a promotora, a denúncia se baseou em 10 inquéritos policiais da 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher da Capital. Foram ouvidas mais de 140 pessoas. Dessas, 80 eram vítimas dos crimes.

“Afora os crimes abarcados na denúncia, quatro ocorrências vitimando quatro vítimas adolescentes foram encaminhados para a 6ª Vara Criminal do Foro Central especializada na atuação de crimes sexuais contra criança e adolescente. Outras 58 foram ouvidas e, apesar de apresentarem indícios de autoria e materialidade, os fatos já estavam abarcados pela prescrição ou pelo direito de representação, motivo pelo qual não estão sendo denunciados”, acrescenta Claudia.

O MP também expediu um ofício à Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre para que as mulheres sejam informadas sobre seus direitos, bem como encaminhadas para atendimento psicológico, caso necessário.

Em relação às quatro adolescentes, foi solicitado à Justiça que seja encaminhada uma cópia dos depoimentos para o Juízo da 6ª Vara Criminal do Foro Central.

A promotora destaca ainda a importância de se fazer registros policiais em casos de abusos praticados, principalmente, contra crianças, adolescentes, mulheres, comunidade LGBTQIA+, idosos, dentre outros grupos sociais, para que os fatos sejam investigados.

“Toda gama de população que se sinta, que pense, que ache ultrajada nos seus direitos procure trazer às autoridades para que seu direito seja apreciado e seja responsabilizado quando ferido”, conclui a promotora.

Nota da defesa

“A denúncia efetivada pelo Ministério Público contra o Dr. Klaus W. Brodbeck, já era esperada, principalmente pelo clamor social, onde os fatos transmitidos pela autoridade policial de forma unilateral impactaram a sociedade, sem qualquer direito a esclarecimentos. A defesa apresentará provas concretas, com a demonstração que o modo de atuação do Dr. Klaus estava dentro dos padrões, razão pela qual se tornou renomado Cirurgião plástico, em todo país. Portanto, a defesa demonstrará que inexistiu ilicitude no comportamento do Dr. Klaus, quanto a fatos inexistentes trazidos na denúncia, que serão provados na face de instrução processual. Klaus nega veementemente o cometimento de qualquer delito, onde para corroborar com a defesa serão nomeados, peritos técnicos, assistentes e testemunhas, confirmando a atuação ética do Dr. Klaus. Por fim, a defesa, buscará provar sua inocência.”

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