Longe das vitórias – havia perdido três lutas consecutivas -, José Aldo voltou a sorrir no sábado, em Las Vegas (EUA), no UFC Thompson x Neal. O manauara superou Marlon Vera na decisão dos jurados, faturou seu primeiro triunfo no peso-galo e recuperou a confiança com uma boa apresentação.
Logo após bater Marlon Vera, José Aldo apontou sua alça de mira na direção de TJ Dillashaw, ex-dono do cinturão do peso-galo. O brasileiro – que reinou com o título dos penas -, espera um duelo de ex-campeões contra o americano, que retornará ao cage a partir de 19 de janeiro, quando expira a pena de dois anos de suspensão por doping.
– O TJ está voltando da suspensão dele. Venho falando que não é desafio de pessoa para pessoa. É um desafio de ex-campeões. Tanto eu quanto ele dominamos por muito tempo, eu nos penas, ele nos galos. Nada mais justo que o UFC fazer essa luta, todo mundo sai ganhando – disse Aldo, que espera retonar ao cage em março, ao Combate.
Em relação ao passado de doping de Dillashaw – flagrado por uso de substância que otimiza a performance -, José Aldo, que ganhou uma jaqueta da USADA (Agência Antidoping dos EUA) por alcançar 50 exames “limpos”, não se mostrou preocupado.
– Pois é (risos), é engraçado… Ganhei a jaqueta de 50 testes, o Cormier, a Holly Holm. Eu já tenho 60 testes feitos. Nada a ver também, o erro foi dele (Dillashaw), ele que resolva. Fora isso, faríamos uma grande luta. É uma luta versátil, porque ele se movimenta bastante, é atlético, tenta confundir usando mãos e pernas. A gente pode fazer uma grande luta. Estou fazendo coisas novas, tenho experiência de treinar com o Renan na época que lutou com ele. Conheço o estilo dele. É uma nova história, uma nova luta.
Feliz pela primeira vitória nos galos, José Aldo comemorou o fato de voltar a subir no Ultimate, afinal, três derrotas consecutivas era algo que jamais havia encarado na carreira.
– Era o que esperava, um atleta agressivo, tem bons chutes. Ele tenta enganar com as pernas, levar para a grade e jogar cotovelo e joelho. Vim bem treinado para isso. No segundo round ele deu uma crescida, até me acertou uma joelhada, mas nada que veio a me incomodar. Eu que dei uma diminuída. O terceiro round eu sabia que seria bem disputado, mas peguei as costas dele e terminei a luta assim.
– Sou de uma terceira geração antiga, muitos pararam, eu continuo ativo aí. Sempre vai ter pressão, mas fico tranquilo. Vim só para vencer, conversei com o Dedé (Pederneiras, treinador). Ele falou que sairíamos vitoriosos e assim foi. É uma nova história no peso-galo, subir bem tranquilo de novo. Você treina mais confiante na academia sabendo que está subindo de novo. Isso é muito bom, recomeçar com vitória.
Fonte: Combate.com