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Borrachinha cita armas para vencer Yoel e elege Rockhold como o ‘maior desafio’

A mudança da data se dá por conta da declaração de Romero de que ele “não tem condições” de enfrentar o brasileiro em novembro, devido a uma lesão sofrida em sua última luta, contra Robert Whittaker.

Borrachinha cita armas para vencer Yoel e elege Rockhold como o ‘maior desafio’

Embora ainda não tenha sido confirmado oficialmente pelo Ultimate, o duelo entre Yoel Romero e Paulo Borrachinha, anunciado inicialmente para o UFC 230, em novembro, deverá ser remarcado para janeiro de 2019, mais precisamente no dia 18 do mês em questão, em data que marcará, provavelmente, o primeiro evento do Ultimate com transmissão da ESPN americana, nova parceira da organização nos Estados Unidos.

A mudança da data se dá por conta da declaração de Romero de que ele “não tem condições” de enfrentar o brasileiro em novembro, devido a uma lesão sofrida em sua última luta, contra Robert Whittaker. Em entrevista aos jornalistas na última terça-feira (28), em Botafogo (RJ), durante Media Day do UFC, Borrachinha voltou a afirmar que tal justificativa do cubano se deve ao fato de Yoel querer “mais tempo” para se preparar.

“Vai ser em janeiro e não em novembro, como os fãs e o UFC queriam ver, mas o Romero não queria. Ele pediu para lutar em janeiro porque está precisando de tempo para se preparar e lutar comigo”, disse o brasileiro, oitavo colocado no ranking peso-médio.

Invicto em sua carreira no MMA, com 12 vitórias, o mineiro ainda falou sobre outros assuntos, como a possibilidade de ser o substituto caso Chris Weidman ou Luke Rockhold, que se enfrentam em novembro, pelo UFC 230, se machuquem, e também revelou qual seria seu maior desafio dentro da categoria dos pesos-médios do Ultimate.

Confira a entrevista completa com Paulo Borrachinha:                    

– Luta contra Yoel Romero adiada para janeiro

Vai demorar um pouquinho ainda, mas vai ter luta. Ela vai ser em janeiro e não em novembro, como os fãs e o UFC queriam ver, mas o Romero não queria. Ele pediu para lutar em janeiro porque está precisando de tempo para se preparar e lutar comigo.

– Substituo de Rockhold ou Weidman no UFC 230                   

Depende de quanto tempo (teria de preparação). Teriam que falar agora, para eu estar treinando. No nível que eu cheguei agora, para lutar com o Romero, que é o primeiro do ranking, não vale a pena aceitar uma luta em cima da hora, sendo que vencendo o Romero, a chance de eu disputar o título é enorme. Só se falassem agora… Eu lutaria com qualquer um dos dois, com certeza, mas teriam que me dar o tempo necessário.

– Necessidade do Romero em se preparar mais                   

É muito simples. Quando ele se lesionou – se ele realmente se lesionou contra o Robert Whittaker -, ele já sabia quanto tempo precisaria para estar pronto, disse que lutaria em novembro comigo. Aí, depois, disse que o médico não tinha liberado ele ainda, mas ele desafiou o Cormier nesse intervalo de tempo. Então, com certeza, não é a lesão que está o impedindo. Ele acredita que vai precisar de mais tempo para estar pronto para lutar.

– Insegurança do Romero para te enfrentar                           

Acredito que sim (ele está inseguro). Quando você está numa certa idade e você vai desafiar um certo oponente, você sabe que aquele adversário pode te machucar, pode te gerar danos à saúde, então talvez precise de mais tempo para chegar melhor naquela luta, mais rápido, mais preparado. Acredito que é nisso tudo que ele está pensando.

– Lado malandro do Yoel e armas para vencer                                

Potência destrutiva, nocaute com brutalidade. Acho que isso que mexe com todos eles. Pode ser (que eu ‘aposente’ ele), mas acho que ele renovou com o UFC. Ele usou esse contrato da minha luta, não assinou de primeira com o UFC usando esse contrato, porque o Ultimate quer que essa luta aconteça. Então, ele renovou com o UFC por oito lutas, eu acho que ele não se aposenta depois dessa luta comigo, não. Ele é um cara muito malandro.

– Surpresa com crescimento rápido no UFC                          

Surpreende de certa forma, mas por outro lado, não. Você vê o atual cenário nacional e vê alguém se destacando rápido, então, naturalmente essa pessoa terá os holofotes, mas sempre me preparei para isso. O lutador, sozinho, não cuida de tudo isso, então tenho e estou formando um time para cuidar melhor da minha carreira. Foi muito bom receber elogios do Dana White, que é um cara que está à frente do esporte por tanto tempo.

– Preparação para a luta contra o Romero                         

Como a luta vai acontecer só em janeiro, nós temos cinco meses, e não dá para fazer um camp em cinco meses. Então, estou aproveitando para viajar, conhecer lugares e treinamentos, aperfeiçoando. Vou começar a preparação na minha academia em Contagem (Minas Gerais) e depois vou fazer intercâmbios visando essa luta. Já estamos pensando em trazer até mais de um lutador que tenha características parecidas com a do Yoel Romero. Sempre fazemos isso, monto cada camp de acordo com cada lutador, com cada luta.

– Estratégia parecida com a do Hendricks                         

Eu acho que a maior intenção dele (Romero) vai ser derrubar, mas a luta começa em pé, então ele precisa fintar, trocar por algum momento comigo. Mas sei que ele vai querer agarrar, derrubar usando o Wrestling dele, e eu vou fazer minha estratégia contra esse jogo dele, algo que estou acostumado a fazer e que aconteceu na luta contra o Johny Hendricks… Manter a distância, aplicar golpes retos, longos e fazer ele sentir o peso dos meus golpes. Acho que vai ser bem similar à luta contra o Hendricks, sem diferença.

– Valorização por parte do UFC e renovação                                

O UFC me chamou para renovar o contrato na minha segunda luta. Eu já tinha um contrato de quatro lutas, então, com isso, eu vi que eles me valorizaram. Eu pedi um valor bem alto e eles falaram que estava bem acima do que eles costumam pagar. Então, eles me propuseram fazer uma luta contra o Hendricks e depois iríamos negociar. Eu aceitei, mas depois dessa luta, eu disse que pediria mais. Com isso, eles fizeram uma ‘aposta’ comigo, se eu perdesse a luta, possivelmente, até o que eu tivesse pedido seria diminuído. Mas eu venci e pedi o que eu queria, negociamos e renovamos o contrato, passando um pouco do que eu havia pedido (mais de 100 mil dólares, aproximadamente 413 mil reais hoje).

– Maior rival dentro da divisão dos médios                          

Acredito que a luta mais difícil seria contra o Luke Rockhold. Porque ele gosta de lutar em pé, eu também, porque ele tem uma envergadura boa. Eu acho que o único problema dele é mental… Na hora do ‘vamos ver’, ele não rende. Foi assim com o Bisping, contra o próprio Romero, que o nocautearam. Nas lutas decisivas, ele ‘escorrega’. Se ele fosse um cara focado, acho que ele não está focado, seria um grande candidato ao cinturão.

– Facilidade em lutar contra um wrestler                        

Eu acho que é muito fácil lutar contra um cara que quer derrubar (um wrestler), porque você sabe que o cara só vai querer se aproximar e você precisa só manter a distância e golpeá-lo, principalmente o Romero, que é menor, além do Gastelum. Para mim, é muito tranquilo, como foi contra o Johny Hendricks. Já com um cara da trocação, eu acho mais difícil, como foi contra o Uriah Hall, por exemplo, que tem mais armas, e quando esse cara tenta derrubar, surpreende, porque você espera a luta em pé, então é algo diferente.

Fonte: Tatame.com

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