Nocaute

Com cinco derrotas nas seis últimas lutas, Chris Weidman desabafa: “Preciso muito vencer”

Ex-campeão peso-médio do UFC encara no próximo sábado o russo Omari Akhmedov, de quem o americano admite nunca ter ouvido falar, mas vê em nível abaixo dos seus últimos rivais.

Com cinco derrotas nas seis últimas lutas, Chris Weidman desabafa: "Preciso muito vencer"

Há três anos sem vencer uma luta, e há cinco longe do cinturão dos pesos-médios do UFC, Chris Weidman fará o seu retorno ao peso-médio no próximo sábado, no “UFC: Lewis x Oleynik”, diante do russo Omari Akhmedov. Após uma mal-sucedida tentativa de subir para o peso-meio-pesado – foi nocauteado no primeiro round por Dominick Reyes em 2019 – Weidman relembrou, em entrevista ao site “MMA Fighting”, que mesmo tendo perdido cinco das últimas seis lutas no octógono, em quase todas elas ele estava vencendo e acabou vendo seus rivais virarem o combate.

– Esse esporte é muito duro. Os fãs são impiedosos, mas isso de alguma forma é motivador, porque você quer sempre relembrá-los. Perdi cinco das minhas últimas seis lutas. Mas se você olhar os nomes com quem eu lutei e depois o único que eu venci (Kelvin Gastelum), ele foi muito bem. Em todas essas lutas, com exceção da que enfrentei Dominick Reyes, eu estava vencendo. Às vezes é assim que funciona. Você enfrenta todos esses caras excelentes, e nem sempre terá a mão levantada. Ninguém sabe quem vai vencer, é meio que aleatório. Nem sempre quem vence foi quem lutou melhor.

Tendo enfrentado apenas lutadores de elite em seus últimos seis combates – todos, sem exceção, foram campeões ou disputaram os cinturões do UFC, Bellator ou Strikeforce – Weidman admite que não havia sequer ouvido falar em Omari Akhmedov, e que só soube quem ele era após pesquisar a carreira do russo na internet. O russo vem de três vitórias por pontos contra Tim Boetsch, Zak Cummings e Ian Heinisch e tem cartel de 20 vitórias e quatro derrotas.

– Eu só queria lutar. Honestamente, não tinha ouvido falar de Akhmedov. Nem meu empresário o conhecia. Fui pesquisar e descobri que ele já está no UFC há algum tempo, variando entre o peso-meio-médio e o peso-médio. Vem com uma boa sequência de vitórias e está no top 15. Essa é uma das poucas vezes que não encaro um top 5, mas ele é um cara duro. Acho que é um bom casamento de luta.

O ex-campeão dos pesos-médios sabe que uma vitória é fundamental para retomar o caminho do topo da divisão. Mesmo diante de um rival que, segundo ele, não está no nível dos seus últimos adversários, Weidman garante estar levando a luta muito a sério.

– Eu preciso muito de uma vitória. Acho que tenho algumas boas vantagens nessa luta, mas quando estamos lá dentro, nunca sabemos o que vai acontecer. Estou levando essa luta muito a sério. Ele é duro mas quando olhamos para os caras com quem lutei, acho que ele não está no mesmo nível. Acho que é uma análise justa, que não o desmerece. Meu objetivo no sábado é mostrar que esse esporte tem níveis diferentes. Venho treinando com mais consistência do que vinha fazendo há muito tempo. Acho que vai valer a pena.

Weidman revelou ter mantido a rotina de treinos durante o tempo em que ficou sem lutar – sua última apresentação aconteceu em outubro de 2019 – e garante estar saudável e pronto para retomar o caminho rumo ao topo da divisão.

– Eu não deixei de ir à academia. Estou saudável há muito tempo, e espero que agora a recompensa chegue. Durante boa parte da minha carreira eu fiquei longe da academia por conta de lesões. Desta vez eu continuei treinando entre as minhas lutas, e estou animado para ver se tudo vai funcionar. Só quero ter o meu braço erguido. Tenho certeza que ainda sou um dos melhores do mundo, mas tenho que provar isso com uma vitória, para depois engrenar várias em sequência. Espero que dia 8 de agosto marque o início dessa série.

UFC: Lewis x Oleynik          
8 de agosto de 2020, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL (22h, horário de Brasília):       
Peso-pesado: Derrick Lewis x Alexey Oleynik
Peso-médio: Omari Akhmedov x Chris Weidman
Peso-médio: Maki Pitolo x Darren Stewart
Peso-galo: Yana Kunitskaya x Julija Stoliarenko
Peso-leve: Beneil Dariush x Scott Holtzman
CARD PRELIMINAR (19h, horário de Brasília):      
Peso-meio-médio: Tim Means x Laureano Staropoli
Peso-leve: Nasrat Haqparast x Alexander Muñoz
Peso-médio: Andrew Sanchez x Wellington Turman
Peso-pena: Gavin Tucker x Justin Jaynes
Peso-leve: Youssef Zalal x Peter Barrett
Peso-galo: Irwin Rivera x Ali Alqaisi
Peso-médio: Kevin Holland x Joaquin Buckley

Fonte: Combate.com

COMPARTILHE

Bombando em Nocaute

1

Nocaute

Boxeador aposta na própria vitória e ganha um total de R$ 258 milhões com luta

2

Nocaute

Jiri Prochazka pede revanche com Alex Poatan “o mais rápido possível”

3

Nocaute

“Pensei que tinha apagado”, diz Charles do Bronx sobre Tsarukyan no UFC 300

4

Nocaute

UFC 300: Poatan nocauteia Jamahal Hill no primeiro round e pede vaga no UFC Rio

5

Nocaute

PFL: após “correria” em 2023, Bruno Robusto aposta no planejamento para faturar título