Cris Cyborg — Foto:Divulgação
Os prognósticos se confirmaram. Cris Cyborg atropelou Lina Lansberg no UFC Brasília, que aconteceu neste sábado, e conseguiu o nocaute técnico sobre a sueca. Mas o que impressionou, também, foi a resistência de sua adversária, que suportou os golpes e a pressão da brasileira até os 2m29s do segundo round. Cris até gostou, pois conseguiu mostrar um pouco mais do seu jogo.
– Meus treinadores sempre falam para eu esperar mais um pouco, ter paciência, dizem que a luta tem cinco rounds. Mas eu entro querendo nocautear de uma vez. Eu sou do muay thai, busco sempre isso. Mas a Lina é uma grande adversária, resistiu bem e conseguiu ir para o segundo round, e isso acabou mostrando um pouquinho mais do meu jogo – disse a atleta na coletiva pós-evento.
A última oponente de Cyborg que havia conseguido passar do primeiro assalto tinha sido Marloes Coenen, em 2013, pelo Invicta FC. Após duas lutas no UFC em 2016, a curitibana quer descansar. Quando voltar, contudo, ela quer seguir fazendo combates em peso-casado contra lutadoras de renome na organização – diferentemente do duelo contra a “desconhecida” Lina Lansberg.
– Estou muito feliz com o resultado. Tive muita dificuldade para bater o peso, foi o único problema do meu camp. Agora só estou pensando nas férias. Lutei em maio também, no UFC de Curitiba. Quero descansar. Mas não tiro a possibilidade de voltar a fazer lutas casadas. Já tenho dois cinturões em casa, não preciso de mais um, quero fazer superlutas para ficar na história. Eu nunca escolhi adversária. Escolhem adversárias para mim. Mas eu não consigo descer para os galos e sei que elas não vão subir para os penas. Então, eu faço a minha choradeira lá para bater as 140 libras (63,5kg) e elas comem um pouquinho de pizza para subir um pouco e a gente fazer uma grande luta. E é lógico que a tudo mundo espera essa luta aí com a Ronda.
Sobre os riscos do corte de peso exagerado, ela garantiu fazer exames minuciosos para não ter problemas de saúde.
– Foi bacana mostrar o corte de peso para as pessoas verem que existe algo além do octógono. Mas é lógico que tenho pessoas capacitadas junto comigo. Sempre que faço esses cortes de peso faço exames médicos depois para ver se está tudo bem. É desgastante mesmo. Na verdade, para ser fácil para mim, teria que lutar com 70kg, 75kg.
PRESIDENTE DO UFC NO BRASIL FALA DE FUTURO DE CYBORG
Giovani Decker, mandatário do Ultimate no Brasil, acredita que a campeã peso-pena do Invicta deve continuar fazendo lutas em peso-casado, uma vez que o UFC não tem planos para abrir uma nova categoria no peso da brasileira.
– Acho que ela deve continuar fazendo lutas casadas quando forem interessantes pra ela. Estamos fazendo um plano de carreira para a Cris. Ela já lutou em um evento grande em Curitiba e agora ela fez um main event para quinze milhões de telespectadores. Ela pode ver qual luta é melhor para ela fazer agora em peso-casado, e também vejo que lutadoras podem subir de peso para desafiá-la no peso dela – disse Decker.
UFC Brasília
24 de setembro, em Brasília (DF)
CARD PRINCIPAL
Cris Cyborg venceu Lina Lansberg por nocaute técnico aos 2m29s do R2
Renan Barão venceu Phillipe Nover por decisão unânime (29-28, 29-28 e 30-27)
Roy Nelson venceu Antônio Pezão por nocaute aos 4m10s do R2
Francisco Massaranduba venceu Paul Felder por interrupção médica aos 2m25s do R3
Eric Spicely venceu Thiago Marreta por finalização aos 2m58s do R1
Godofredo Pepey venceu Mike de La Torre por finalização aos 3m03s do R1
CARD PRELIMINAR
Michel Trator venceu Gilbert Durinho por decisão unânime (triplo 30-27)
Rani Yahya venceu Michinori Tanaka por decisão unânime (triplo 29-28)
Jussier Formiga venceu Dustin Ortiz por decisão unânime (30-27, 29-27 e 29-28)
Erick Silva venceu Luan Chagas por finalização aos 3m57s do R3
Alan Nuguette venceu Steven Ray por decisão unânime (29-28, 29-28 e 30-27)
Vicente Luque venceu Hector Urbina por nocaute a 1m do R1
Gregor Gillespie venceu Glaico França por decisão unânime (triplo 29-27)
PREMIAÇÃO
Vicente Luque e Eric Spicely levaram US$ 50 mil cada pelas “Performances da Noite”
Erick Silva e Luan Chagas levaram US$ 50 mil cada pela “Luta da Noite”
Fonte:Portal Combate
