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De volta ao MMA, Urijah Faber cita treino “premonitório” com Henry Cejudo há 10 anos

Lutador americano, que enfrenta Ricky Simón no próximo sábado, diz que desafio do atual campeão galo o motivou e lembra que os dois já falavam em se enfrentar há uma década.

De volta ao MMA, Urijah Faber cita treino "premonitório" com Henry Cejudo há 10 anos

Aposentadorias parecem nunca durar no MMA. Randy Couture, BJ Penn, Georges St-Pierre, Royce Gracie, Tito Ortiz, Fedor Emelianenko e Wanderlei Silva são só alguns dos nomes que já pararam e voltaram a competir. Neste sábado, o americano Urijah Faber se juntará a este grupo, quando entrar no octógono para enfrentar o compatriota Ricky Simón no UFC Sacramento.

Com algumas poucas exceções, a maioria desses lutadores não teve grande sucesso em seus retornos. Com 40 anos de idade recém-completados, o “Garoto da Califórnia” não acredita que o rendimento desses retornos esteja relacionado entre si, muito menos à sua volta ao cage.

– Não penso nos outros, no que eles fizeram e como isso se relaciona a mim. Somos todos indivíduos. A forma como abordamos as coisas, a vida em geral, de quando eu era garoto e agora, as habilidades e tudo, o que você coloca no seu corpo, ser um atleta limpo… Tive uma ótima conversa com Murilo Bustamante. Ele estava aqui na Califórnia visitando meu treinador Fábio Prado, e ele lutou até os 40 e poucos. Ele estava falando como nunca usou doping, sempre lutou limpo, sempre se manteve saudável, e foi parte do seu segredo para enfrentar os melhores do mundo. Me identifiquei muito com isso. Foi uma das conversas que me empurrou na direção de lutar de novo. (…) Não é necessariamente por causa da idade. É por causa da preparação, da autoconfiança, da motivação. Acredito muito nisso. Eu me sinto ótimo, com certeza – contou Faber, em entrevista.

Outro fator que motivou o ex-campeão peso-pena (até 65,8kg) do WEC e ex-desafiante número 1 dos pesos-galos (até 61,2kg) a tentar a sorte no MMA novamente foi o potencial de mais uma oportunidade de disputar o cinturão do UFC, que lhe escapou quatro vezes. Em junho, ao conquistar o título dos galos, Henry Cejudo mencionou Faber como um dos lutadores que gostaria de enfrentar numa defesa de cinturão. O veterano lembrou um encontro “premonitório” com o atual campeão e agora acredita que esta superluta seria obra do destino.

– Ele veio à nossa academia há 10 anos, quando estava pensando em fazer MMA, mas ele disse que não queria, porque não tinha dinheiro no esporte, e ele ia fazer boxe, estava treinando, e eu estava tentando convencê-lo a fazer o esporte. Ele passou alguns dias na nossa academia e lembro que Henry é um cara que pensa grande e realmente acredita nas coisas, e também sou assim. Ele disse, “Acho que vou tentar o MMA”. E depois, entre nós, ele disse, “O que acha, Faber? Talvez eu e você lutemos algum dia!” E eu sou um cara que acredita em qualquer coisa, e sabia que esse cara era um campeão olímpico dizendo isso. Há 10 anos, isso foi um pressentimento para ele e para mim. Ele disse, “Podemos ganhar muito dinheiro!” E eu só disse, “É, cara, mas você tem muito caminho a percorrer”. E aqui estamos, 10 anos depois, e ele percorreu esse caminho muito rápido.

Antes de pensar em Cejudo, porém, Urijah Faber tem que passar por Ricky Simón, e ele está ciente que o jovem de 26 anos é um grande desafio em seu caminho. Assim como o atual campeão dos galos, Simón foi parte de um programa da equipe de Faber, Team Alpha Male, que recebe jovens lutadores do mundo inteiro, e, embora o líder da academia não tenha treinado com ele na época, se lembra o bastante para saber que o americano de raízes latinas tem muito futuro.

– Eu o vejo como um lutador perigoso e como uma grande luta. O que posso garantir sobre Ricky Simón depois de vê-lo é que ele só tem uma velocidade: vai na sexta marcha o tempo inteiro e não se cansa. Gosto disso, é um lutador de alto nível, é o tipo de lutador que enfrentei por toda minha carreira. Quando você olha para minha carreira, enfrentei praticamente todos os caras ranqueados no top 10, e ele tem potencial para estar lá. Acho que ele não vai me vencer para chegar lá, mas antes do fim de tudo, acho que ele vai ter muito sucesso na sua carreira – analisou.

UFC Sacramento               
13 de julho, na Califórnia (EUA)
CARD PRINCIPAL (22h, horário de Brasília):             
Peso-galo: Aspen Ladd x Germaine de Randamie
Peso-galo: Urijah Faber x Ricky Simón
Peso-pena: Josh Emmett x Mirsad Bektic
Peso-médio: Karl Roberson x Wellington Turman
Peso-médio: Marvin Vettori x Cezar Mutante
CARD PRELIMINAR (18h, horário de Brasília):                    
Peso-meio-pesado: John Allan x Mike Rodriguez
Peso-pena: Andre Fili x Sheymon Moraes
Peso-galo: Julianna Peña x Nicco Montaño
Peso-pena: Darren Elkins x Ryan Hall
Peso-galo: Pingyuan Liu x Jonathan Martinez
Peso-palha: Livinha Souza x Brianna van Buren
Peso-galo: Benito Lopez x Vince Morales

Fonte: Combate.com

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