Nocaute

Francis Ngannou, Adesanya e Kamaru Usman levam África ao topo do UFC

Camaronês, que se juntou aos nigerianos ao conquistar o cinturão do peso-pesado no dia 27 de março, sonha com edição inédita do Ultimate no continente pós-pandemia: "Terra de lutadores".

Francis Ngannou, Adesanya e Kamaru Usman levam África ao topo do UFC

Brasileiros e americanos sempre alternaram o poder no topo das categorias do UFC. Nos últimos anos, porém, outras nacionalidades foram ocupando seus espaços e, no último dia 27 de março, Francis Ngannou entrou para a história ao se tornar o primeiro campeão da história de Camarões, ao destronar Stipe Miocic e conquistar o título com um nocaute. O peso-pesado se juntou aos nigerianos Israel Adesanya (médio) e Kamaru Usman (meio-médio), liderando o reinado da África na organização.

Em Camarões, as figuras mais ilustres ainda são Roger Milla e Samuel Eto’o, craques que brilharam com a bola nos pés, disputaram Copa do Mundo e elevaram as cores da nação africana. Hoje, quem dá visibilidade ao país é Francis Ngannou, cuja popularidade está em expansão, conforme conta o jornalista Simon Pierre Etoundi, do “Cameroon Tribune”, ao “Esporte Espetacular”.

– Mesmo aqui em Camarões os caras mais famosos ainda são Samuel Eto’o e Roger Milla, mas a popularidade do Francis Ngannou está crescendo muito. É mais fácil para um jogador de futebol ser conhecido. Mas todo mundo conhece o Francis Ngannou. Hoje ele é uma pessoa muito conhecida aqui em Camarões. Milhares de pessoas passaram a noite esperando pela luta dele, então ele é o cara agora. Havia propaganda dessa luta em todos os lugares, todo mundo só falava disso. Ele se tornou uma personalidade muito popular em Camarões, as pessoas esperaram ansiosas para vê-lo como campeão do UFC.

Francis Ngannou carrega a bandeira de Camarões ao octógono desde seu início na organização, em 2015. O atleta, que trabalhou na extração de areia na cidade de Batié, onde nasceu e mantém uma fundação com seu nome para ajudar crianças carentes, sempre demonstrou orgulho de suas raízes. O fato de seu início no MMA ter acontecido na França não desgastou sua relação com o país africano. Hoje, vive em Las Vegas (EUA), mas o coração – e a família – ainda estão no seu vilarejo.

– O cinturão me ajuda a lidar com toda essa frustração que eu tive a minha vida inteira. Prometi a mim mesmo que provaria para todo mundo e para as outras crianças que a vida que eu tive não foi porque eu fiz algo errado e sim por não ter a mesma chance que outras pessoas. Eu volto para a África sempre que eu posso, de duas a três vezes por ano, e eu fico lá o máximo de tempo que consigo. Se as coisas fossem mais fáceis lá, eu acho que voltaria a morar na África e viveria no meu país com minha família – comentou o peso-pesado, dono de 16 vitórias e três derrotas no MMA.

Campeão africano mais recente do trio, Francis Ngannou sonha com uma inédita edição do UFC no continente como forma de valorizar os donos dos cinturões, após o fim da pandemia do novo coronavírus.

– Está mais do que provado que o UFC tem que ir pra África. São três campeões e não temos nem 25 lutadores africanos no UFC. Não tem como o UFC não fazer um evento lá. Não há muitos africanos no UFC hoje, provavelmente, são cerca de 20 atletas no total entre 550 lutadores. E a África tem três campeões, o que significa muito. A África é um berço de talentos, uma terra de lutadores – afirma o peso-pesado, que contou com Usman em seu córner, e a torcida de Israel Adesanya, pela televisão.

Fonte: Combate.com

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