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Jacaré prega respeito a Blachowicz no UFC SP, mas avisa: “Acho que ele não vai durar muito”

Ronaldo Jacaré fará luta principal do UFC São Paulo em estreia pela divisão dos meio-pesados contra Jan Blachowicz e diz que Jon Jones é o lutador mais dominante do evento.

Jacaré prega respeito a Blachowicz no UFC SP, mas avisa: “Acho que ele não vai durar muito”

Ronaldo Jacaré passará por uma nova experiência neste sábado. Para liderar o card do UFC São Paulo em um duelo contra Jan Blachowicz, o brasileiro decidiu subir de peso e lutará pela primeira vez no evento pela divisão dos meio-pesados. Em entrevista ao Combate.com, o faixa-preta contou como se sente para este confronto.

– Estou com uma expectativa muito boa. A responsabilidade é grande, fico muito confiante também com a responsabilidade de lutar no Brasil e ter a torcida ao nosso lado. Então a expectativa é a melhor possível. Estou feliz de ter recebido essa responsabilidade. Vou entrar lá e fazer o meu trabalho. Eu fiquei muito feliz em ver que o UFC depositou essa confiança em mim. Essa é uma oportunidade muito boa. Eu pretendo não decepcionar quem confiou em mim. Meu adversário tem a mão muito dura, é um adversário grande para a divisão. Espero transpor a barreira da luta em pé dele, conseguir colocar meu jogo em prática e vencer.

A estreia na categoria até 93kg, segundo Jacaré, foi bem estudada com sua equipe. E ele espera conquistar algumas vantagens com essa mudança.

– O meu médico falou que seria bom eu subir de peso, me explicou fisiologicamente porque seria bom. Eu falei pro meu empresário e para os meus treinadores e todo mundo concordou que seria bom eu subir de peso, e rapidamente me deram essa pedreira aí. Agora a gente fica muito mais forte naturalmente. Às vezes eu não conseguia ficar muito bem no dia da luta justamente pela perda de peso. E acredito que desta vez possa ser diferente. Estou muito bem treinado, agora é só chegar lá no dia da luta, colocar meu jogo em prática e acredito que se eu fizer tudo que treinei esse cara não vai durar muito. Eu sempre fui muito profissional, sempre fiz o que tinha que fazer. Talvez eu esteja um pouco mais tranquilo (sem cortar muito peso), mais bem humorado, mas sempre fui um cara desse jeito que estou aqui mesmo. O que mudou é que não sofro tanto agora.

Lutando MMA desde 2003, e atuando há seis anos no UFC, Jacaré admite que já viveu fases distintas em sua carreira, e confessa que se manter em sua zona de conforto foi perigoso em alguns momentos.

– Vou dar uma explicação pra você. O jiu-jítsu, pra você usar, você faz uma força pra botar pra baixo. Você faz muito mais força do que o seu adversário.Os melhores do mundo estão ensinando aí nosso jiu-jítsu pro mundo todo, então os caras são bons de defesa. Aí o cara defende, se solta e mete a porrada. Quando você está trocando em pé, ele te bate, você bate no cara, não tem muita coisa. Aí a gente fica preguiçoso com o tempo, a gente não quer fazer muita força. Estou falando a minha realidade, não a dos outros. Teve um tempo em que eu fiquei mais preguiçoso, queria ficar em pé, não gastar muita força. Os caras me batem, eu bato nos caras, tem a mão dura que às vezes pega, aquela coisa toda. É uma zona de conforto. Isso pra mim. Foi minha zona de conforto de não usar tanta força. Acho que também é porque eu perdia muito peso, e quando eu explodia eu sentia muito a perda de peso. Até se eu for descer novamente vou me manter bem mais leve. Foi uma conclusão que eu tirei, analisando e pensando friamente em mim como atleta. A gente não treina porque machuca, porque é cansativo. O meu caso é esse: se eu treino muito jiu-jítsu no outro dia estou todo quebrado. Esse é o meu caso, pois fiz isso a vida toda.

A mudança de categoria não deve ser um caso pontual para o brasileiro. Por isso, ele já sabe as pedreiras que pode ter pela frente e não esconde o respeito que tem especialmente por um nome da divisão: o campeão Jon Jones.

– Essa categoria é duríssima. Tem o Jon Jones que é o mais duro entre todas as categorias no UFC, e ele mostrou isso com as defesas de título que fez. Tem esses caras aí que são duríssimos. Prova de tudo é que os caras que estão subindo (de categoria) não estão se dando bem. Acredito que alguns subiram falando muito. Pra você falar do Jon Jones, você tem que ter cacife, tem que ter feito alguma coisa, pois ele é o cara mais dominante do UFC. Então quando a gente for falar dele, tem que ter um certo respeito. Ele fez várias defesas, é o cara que mais tem defesas no UFC, então não vou chegar ali falando que quero lutar com ele. Eu estou focado 100% no meu adversário, que é um cara duríssimo e eu respeito muito. Ele tem a mão da frente, com jab e um cruzado muito fortes, chuta que nem um cavalo. Então vou respeitar meu adversário, respeitar suas habilidades, e eu vou querer colocar nosso jogo em prática e vencer. Esse é o plano. Com todo respeito, acho que ele não vai durar muito.

UFC São Paulo                        
16 de novembro, em São Paulo
CARD PRINCIPAL (22h, horário de Brasília):                     
Peso-meio-pesado: Ronaldo Jacaré x Jan Blachowicz
Peso-meio-pesado: Maurício Shogun x Paul Craig
Peso-leve: Charles do Bronx x Jared Gordon
Peso-médio: Antônio Arroyo x André Sergipano
Peso-médio: Markus Maluko x Wellington Turman
CARD PRELIMINAR (19h, horário de Brasília):                  
Peso-meio-médio: Serginho Moraes x James Krause
Peso-pena: Ricardo Carcacinha x Eduardo Garagorri
Peso-leve: Francisco Massaranduba x Bobby Green
Peso-meio-médio: Warlley Alves x Randy Brown
Peso-pena: Douglas D’Silva x Renan Barão
Peso-mosca: Ariane Lipski x Veronica Macedo
Peso-galo: Vanessa Melo x Tracy Cortez

Fonte: Combate.com

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