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Pantoja aponta luta com Wilson Reis como divisor no UFC, nos moscas e para a própria família

Duelo entre quinto e quarto colocados na categoria até 56kg acontece neste sábado no UFC 236, e será importante para a possível mudança para os EUA da esposa e dos filhos do lutador de Arraial do Cabo.

Pantoja aponta luta com Wilson Reis como divisor no UFC, nos moscas e para a própria família

A participação de Alexandre Pantoja no UFC 213 do próximo sábado, em Atlanta, coloca em jogo não somente mais uma possível vitória do peso-mosca (até 56kg) na organização, mas o futuro de sua carreira e os planos da família. Hoje integrante da American Top Team, na Flórida, o lutador de Arraial do Cabo-RJ planeja levar a esposa Gabryella e os dois filhos para os Estados Unidos, mas tudo dependerá do que acontecer no duelo com Wilson Reis. Não é pouca coisa.

– Essa parte tem sido um pouco complicada, estou praticamente morando aqui (nos EUA) e minha mulher e meus filhos no Brasil. Ainda estamos vendo a melhor maneira de mudar para cá, porque realmente não tem outro lugar para eu estar treinando em alto nível senão aqui. Se almejo ser campeão, aqui é o lugar que vou me fazer campeão. Moro com outros lutadores no alojamento da ATT, como Marcelo Golm, Markão Maluko aqui, (Marcos) Pezão também. É legal essa interação, um puxa o outro, mas com certeza a falta da família é muito forte para mim. Sou casado, tenho dois filhos, e é meu desejo grande trazê-los. Mas está um pouco incerto se a “flyweight” vai continuar ou não, então não quero dar um passo maior que a perna e quero ver o que vai acontecer. Essa luta vai dizer muito para mim se vou me mudar para cá já esse ano ou se vou esperar mais um pouco – disse Pantoja em entrevista.

A incerteza do lutador sobre o futuro está no fim iminente do peso-mosca. Hoje em quinto lugar no ranking da categoria, o brasileiro tem visto de perto o desmonte promovido pelo UFC e lamente que isso venha a acontecer. Ao mesmo tempo em que deseja seguir na organização e subir aos galos, Pantoja sabe que seu porte físico lhe coloca em desvantagem.

– É complicado falar sobre porque se você perder seu emprego porque perdeu a luta a gente até entende, mas estar fazendo seu trabalho bem feito e acabar a divisão e todo mundo fica desempregado é complicado demais. Gostaria muito de ficar no UFC e subiria de divisão, mas não sei se conseguiria me sustentar. A gente tem o Pedrinho Munhoz aqui (na ATT), que é um dos tops da divisão dos galos, e a estrutura dele é muito maior que a minha, já se pode ver como seria dura essa subida. Acho uma estupidez tremenda querer encerrar uma divisão que tem um estilo de luta tão técnico (…). A vontade é que se mantenha, mas o que parece é que será desfeita, e é ruim porque se você pegar o top 5 tem quatro brasileiros. Não sei se fossem todos americanos se continuaria. É uma situação muito chata.

Pantoja, que desde sua saída do TUF 24 fez cinco lutas no UFC, somando quatro vitórias – contra Eric Shelton, Neil Seery, Brandon Moreno e Ulka Sasaki – e apenas uma derrota – para Dustin Ortiz, ressalta como tem se sentido em casa na American Top Team.

– Aqui me encontrei, achei meu lugar no mundo. A estrutura é muito boa, de peso leve é o melhor lugar do mundo. De sparring tenho o Adriano Moraes, campeão do ONE, tenho o Kyoji Horiguchi, campeão do Rizin, entre outros, como o número 1 do UFC (no peso-mosca) que é o (Jussier) Formiga. O meu head coach é o (Marcos) Parrumpinha, a gente vem afiando ainda mais o chão, fiz um trabalho muito bom com Katel Kubis e (Luciano) Macarrão (no muay thai), e afiei meu boxe com Gabriel de Oliveira, supervisionado pelo mestre Conan (Silveira). Estou muito feliz na ATT com a ajuda desses parceiros de treinos e com tantos treinadores bons. A parte física fiz com Everton Oliveira, que cuida da Amanda Nunes e Thiago Marreta. Chego muito bem para essa luta. Lesão a gente sempre tem, um camp forte sempre traz, se luta 100% é porque talvez não treinou tão forte. Mas nada que vá impedir de fazer meu trabalho, nas últimas lutas estava até mais machucado que nessa, mas estou chegando muito bem para esse desafio que é o Wilson Reis.

O adversário de Pantoja é quatro anos mais velho e tem nove lutas a mais no currículo, e ocupa hoje o quarto lugar no ranking dos moscas. Wilson Reis será a maior luta da carreira do lutador de Arraial do Cabo, segundo o próprio Pantoja.

– Wilson é um lutador nato, está há muito tempo na história. Ele já lutou contra os melhores, contra Eduardo Dantas, Patrício Pitbull, agora recentemente contra Demetrious (Johnson, ex-campeão), (Henry) Cejudo (atual campeão), é um cara com muito background e que vai me dar uma oportunidade muito grande para mostrar meu trabalho. É um nome muito sólido no UFC e acredito que será a maior luta da minha carreira.

Ainda sobre o adversário de sábado, Pantoja garante que tem o plano elaborado para tentar fugir das ambições de Wilson Reis.

– É um lutador muito forte, a gente já o viu na categoria de cima, e do jiu-jítsu dele nem precisamos comentar, é um faixa-preta que já competiu e finalizou muita gente. Sem dúvida ele vai querer encurtar e me travar ao máximo, óbvio que não vou dar oportunidade para me finalizar, mas é o que ele vai vir buscar. Ele vai vir nessa intenção de fazer o jogo mais amarrado, querendo travar a luta, impedindo que eu lute, mas estou muito bem treinado e consciente de que isso pode acontecer, e já tenho as armas para me desvencilhar dele.

Fonte: Combate.com

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