Patricky Pitbull nocauteou Peter Queally no último dia 5, no Bellator 270, e se tornou o novo campeão dos leves da organização americana. O título estava vago desde que seu irmão Patrício abdicou do cinturão da categoria pouco antes. O novo número 1 da divisão até 70kg do evento foi definido num ambiente para lá de hostil: em Dublin, na Irlanda, terra de Queally. Em entrevista ao Combate, Patricky contou como foi disputar o cinturão no país do adversário.
– Foi maravilhoso lutar em terreno hostil, a torcida era muito bonita e organizada, fiquei todo arrepiado dentro do cage. Depois da luta eles foram muito respeitosos comigo, tirando fotos e me parabenizando. Achei que eles seriam mais agressivos, mas foram bem respeitosos me parabenizando pela conquista do cinturão.
Patricky e Queally se enfrentaram pela primeira vez em maio deste ano, e o irlandês levou a vitória por interrupção médica, quando o brasileiro foi impedido de continuar na luta por conta de um corte. Neste reencontro, o lutador potiguar tratou de definir a disputa pela via rápida.
– Aquele momento do nocaute era esperado, eu sabia que se conseguisse colocar uma mão iria nocauteá-lo. No primeiro round fiquei estudando para ver o que ele iria fazer, soltei alguns golpes, algumas fintas. Ele começou o segundo round querendo me apertar, foi quando abriu as brechas me atacando, e era o que eu queria. Estava pronto, me movimentando, saindo dos jabs dele, sempre esperando para ele receber a mão direita, e foi o que aconteceu.
Há 10 anos no Bellator, Patricky comemorou sua tão sonhada conquista, e admite que, após tanto tempo perseguindo o cinturão, sua ficha ainda não caiu.
– Estou há muito tempo na organização, e o que faltava para completar essa minha história era conquistar o cinturão. A ficha ainda não caiu. O cinturão é uma responsabilidade muito grande e é como se eu fosse pai pela primeira vez. Sei a responsabilidade que tenho de carregar o cinturão. Tenho que treinar mais, me dedicar mais para defender esse cinturão. Esse é o trabalho de uma vida toda. Comecei a treinar para ser campeão mundial, vivi toda a minha carreira para isso e agora, graças a Deus, consegui.
Patricky ainda não sabe quando voltará ao cage do Bellator, mas aponta que um oponente vem sendo indicado como seu possível primeiro desafiante.
– Estão falando muito sobre o Brent Primus em minha primeira defesa de cinturão. Acho que faz sentido, pois ele é um ex-campeão e essa luta já ficou de acontecer uma outra vez. Ele está falando bastante no meu nome porque acabei de ganhar o título, ele também acabou de ganhar uma luta, então acho que faz sentido. Ainda não me falaram nada sobre o próximo adversário, mas penso em voltar em fevereiro ou março (de 2022) e vou ficar treinando para isso. Não sei qual a ideia do Bellator, mas acho que seria uma data boa.
Fonte: Combate.com