Nocaute

Sem atuar há dois anos, Rafael Feijão diversifica investimentos e projeta aposentadoria para 2020

Aos 39 anos, lutador mira três combates no próximo ano para "pendurar as luvas": "Esporte de alto rendimento não é saúde. Aceleramos um carro a 200 por hora todos os dias".

Sem atuar há dois anos, Rafael Feijão diversifica investimentos e projeta aposentadoria para 2020

Ex-campeão do Strikeforce e ex-lutador do UFC, Rafael Feijão não atua desde julho de 2017, quando venceu Dan Konecke por nocaute técnico, no WFT 7, na Espanha. Entretanto, engana-se quem acha que o brasileiro “pendurou as luvas”. O atleta, que tirou um período de descanso para se recuperar de antigas lesões, espera retornar ao cage no próximo ano, enfileirar três adversários para, então, se aposentar aos 40 anos de idade.

– Eu tirei um tempo para mim, para me recuperar de lesões. Foram 14 anos direto, sem tirar o pé do acelerador. Conversei com meu médico e meu preparador físico e decidimos cuidar do meu corpo. Estou fazendo um trabalho físico muito forte, melhorando a qualidade muscular. Ano que vem quero fazer três lutas para encerrar a minha carreira. Faz um ano e pouco que estou treinando, acredito em que em mais três meses eu esteja pronto – declarou o atleta, que acompanha Warlley Alves no UFC São Paulo, ao Combate.com.

Se dentro do cage Rafael Feijão tem sido ausente, do lado de fora a vida está atribulada. O veterano tem atuado como treinador da academia Team Nogueira, empresário e ainda mexe com investimentos e mercado imobiliário, o que garantiu sua tranquilidade financeira neste período sem lutar.

– Eu tenho alguns investimentos com um amigo, fora da luta. É um pouquinho de mercado imobiliário, bitcoin, dei uma mexida para ver essa coisa nova e estou gostando. Eu vinha fazendo investimentos na parte imobiliária desde a época que eu lutava. Todo o dinheiro da luta eu jogava para esse lado e funcionou bem. Na parte financeira estou tranquilo. Estou gostando dessa parte de treinar os atletas, é muito legal, mas a parte de empresariar está sendo boa para entender coisas que não entendia como atleta. Estou conseguindo ter um entendimento melhor do porquê as coisas acontecem. Eu quero mais esse lado de empresário… Estou gostando muito de lidar com essa parte.

Aos 39 anos de idade – completa 40 no dia 4 de abril – Rafael Feijão admite que sente falta da rotina que envolve um camp para uma luta, mas está decidido a encerrar a carreira para poder aproveitar a vida longe da dura realidade do MMA.

– Sinto falta daquele vício da luta, da adrenalina, só quem é lutador sabe. A gente fica viciado naquilo. Tenho participado de camps de lutadores da Team Nogueira, como o Erick Silva, o Jonas (Bilharinho)… Quando ajudo no sparring, sinto a adrenalina, dá aquela vontade de estar ali de volta. O plano está bem traçado. O esporte de alto rendimento não é saúde. Aceleramos um carro a 200 por hora todos os dias. Quero preservar meu corpo. Tenho machucados, cortes, o que é normal em um esporte de impacto. Mas eu quero curtir tudo o que fiz e investi. Quero pegar esse próximo ano, acelerar e parar.

Ex-atleta do UFC – foram quatro derrotas e uma vitória na organização -, Rafael Feijão não traça como objetivo encerrar a carreira na franquia. Ele, inclusive, acredita que sua reta final de carreira será por um evento concorrente, o Bellator.

– Tivemos propostas de vários lugares. O meu estilo de luta é bem aceito pelos eventos e pelo público. Estou esperando o aval para voltar. Eu acredito muito em time, o atleta não pode ter a decisão sozinho. A decisão é de todos… treinadores, médicos, psicólogos. Quando derem o OK, assino um desses contratos. O foco não é o UFC, pode ser o Bellator, que acho mais provável. Pela linha das conversas com meus empresários, provavelmente irei para o Bellator – encerrou o peso-meio-pesado, cujo cartel é composto por 13 vitórias e sete derrotas.

Fonte: Combate.com

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