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Bolsonaro diz que Brasil vive situação de ‘quase normalidade’ em ato religioso

A fala do presidente ocorreu no Palácio do Planalto, em um culto de ação de graças realizado com a presença de políticos e religiosos evangélicos e católicos.

Bolsonaro diz que Brasil vive situação de 'quase normalidade' em ato religioso

A cerimônia de ação de graças no Palácio do Planalto teve orações de líderes religiosos e canções. — Foto:Reprodução

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) — Com o Brasil registrando nova subida de casos e óbitos por Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quarta-feira (16) que o país vive uma situação de “quase normalidade”.

“Quem esperava depois de meses difíceis chegarmos a uma situação de quase normalidade ainda em 2020? A quem devemos tudo isso? Em primeiro lugar, a ele [Deus]. E depois a vocês que estão aqui, ministros incluídos, que trabalharam incessantemente; [que] foram iluminados e conseguiram, com suas ações, usando para o bem a máquina do Estado, para fortalecer e dar esperança a mais de 200 milhões de pessoas”, disse Bolsonaro.

A fala do presidente ocorreu no Palácio do Planalto, em um culto de ação de graças realizado com a presença de políticos e religiosos evangélicos e católicos.

Segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, o Brasil soma mais de 182 mil mortes pela Covid-19 e quase 7 milhões de infectados. Além do mais, o país contabilizou na terça (15) 915 óbitos causados pela doença, o maior número desde 12 de novembro – momento em que os dados sofriam com oscilações e represamento.

Antes disso, um número tão alto de mortes só havia sido registrado em 16 de outubro, com 967 óbitos.

Não é a primeira vez que Bolsonaro minimiza o atual estágio do vírus no Brasil mesmo diante do aumento de casos e de mortes.

Em 10 de dezembro, ele disse que o país vivia o “finalzinho de pandemia”. Antes, no final de outubro, ele afirmou que a epidemia no Brasil “está acabando”.

Na manhã desta quarta, Bolsonaro participou no Planalto do lançamento oficial da nova versão do plano nacional de imunização.

A ação do Ministério da Saúde nos preparativos para a imunização dos brasileiros é alvo de críticas, com especialistas se queixando de desorganização e de falta de planejamento para a aquisição de insumos.

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou nesta quarta que o plano de vacinação nacional deve começar a ser aplicado em fevereiro de 2021 – ele disse em ocasiões anteriores que a imunização poderia começar em dezembro deste ano, janeiro ou março.

A cerimônia de ação de graças no Palácio do Planalto teve orações de líderes religiosos e canções.

Em seu pronunciamento, Bolsonaro afirmou acreditar que ocupa a presidência da República pela escolha de Deus.

“Primeiro Ele, e depois graças a vocês o orgulho de ocupar essa posição que, repito, creio foi escolhida por Ele.”

O presidente também comemorou o resultado do julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) que, na terça, não reconheceu direitos de amantes em discussões judiciais.

Por 6 a 5, o Supremo rejeitou recurso em que se discutia a divisão de pensão por morte de uma pessoa que, antes de falecer, mantinha uma união estável e uma relação homoafetiva ao mesmo tempo.

Bolsonaro se referiu ao resultado do julgamento como uma “vitória da família”.
“Quem diria a vitória no dia de ontem? A vitória da família. E de onde veio? E por aquele placar bastante apertado. Deus realmente muda as pessoas. Tenho certeza, é o início de uma nova era”, afirmou.

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