Crise energética

Bolsonaro diz que crise hídrica é desafio climático e que governo não está de braços cruzados

O mandatário afirmou que o governo lida com o problema com transparência e planejamento.

Bolsonaro diz que crise hídrica é desafio climático e que governo não está de braços cruzados

Bolsonaro também disse que o Brasil tem "de longe" a matriz energética mais limpa, e citou esforços para redução de emissões de carbono. — Foto:Reprodução

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) — Em evento da ONU (Organização das Nações Unidas), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que a crise hídrica do Brasil é um exemplo de desafio climático. O mandatário afirmou que o governo lida com o problema com transparência e planejamento.

“São tarefas enormes. Aprofundar a descarbonização nos transportes, ampliar geração de energia para nossas necessidades de desenvolvimento ou ainda lidar com desafios climáticos, que é exemplo a atual escassez hídrica do Brasil, que estamos enfrentando com planejamento, seriedade e transparência”, declarou Bolsonaro em fala gravada e divulgada nesta sexta-feira (24).

“Apesar da situação privilegiada da nossa matriz energética, não estamos de braços cruzados, queremos contribuir para o desafio coletivo desse processo de transição”, complementou. A declaração foi feita para debate sobre energia da Semana de Alto Nível da Assembleia-Geral da ONU.

No final de agosto, o ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) afirmou, em rede nacional de rádio e TV, que a crise hídrica se agravou e pediu esforço da população e empresas para reduzirem o consumo de energia elétrica.

Bolsonaro também disse que o Brasil tem “de longe” a matriz energética mais limpa, e citou esforços para redução de emissões de carbono. O presidente disse que “todas as fontes de energia limpa” terão papel importante na transição energética global.

O presidente ainda afirmou no debate da ONU que “praticamente 99%” da população tem acesso à energia, e que o governo avança para levar o serviço a todos com o programa Mais Luz Para a Amazônia.

Diante da crise nos reservatórios do país, Bolsonaro fez um apelo na quinta-feira (23) para que a população economize eletricidade e pediu que as pessoas, se puderem, tomem banho frio.

O presidente também tem dito que desligou o aquecimento da piscina do Palácio da Alvorada como exemplo de medida para economizar energia.

“Se puder apagar uma luz na tua casa apaga, eu peço por favor. Não use elevador. Tomar banho é bom, mas se puder tomar banho frio é muito mais saudável, ajuda o Brasil. A gente pede a Deus que agora em novembro, final de outubro, venha chuva para valer no Brasil. Para que a gente não tenha problema no futuro, que podemos ter problema no futuro”, disse Bolsonaro na quinta, durante sua live semanal.

Em outro trecho da transmissão, Bolsonaro pediu que as pessoas apaguem luzes excedentes e desliguem aparelhos de ar condicionado.

A falta de chuvas deixou os reservatórios das hidrelétricas em seu pior nível em 91 anos e tem forçado o governo a tomar medidas para tentar afastar o risco de racionamento de energia.

Em junho, em outro pronunciamento, o ministro havia pedido que a população poupe energia e água para enfrentar a crise hídrica.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), por sua vez, anunciou uma medida que vai elevar o custo da conta de luz. Foi criada uma nova bandeira tarifária para fazer frente ao aumento dos custos decorrente do agravamento da crise hídrica.
Chamada de “Escassez Hídrica”, a nova bandeira custa R$ 14,20 a cada 100 kWh (quilowatt-hora).

No início de setembro, o vice-presidente Hamilton Mourão disse que “pode ser” que ocorra “algum racionamento” de energia no Brasil.

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