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Brasil tem mais de 170 mil mortes por Covid-19 e 6,1 milhões de casos

Norte e Nordeste são as únicas regiões do país com quadros de estabilidade da média móvel de mortes. Todas as demais se encontram com média móvel crescente.

Brasil tem mais de 170 mil mortes por Covid-19 e 6,1 milhões de casos

Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 111,4. O país tem 35.641 óbitos pela Covid-19. — Foto:Reprodução

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) — O Brasil chegou aos 170.179 mortos pela Covid-19 e aos 6.121.449 de casos da doença. Nesta terça-feira (24), o país registrou 638 óbitos e 33.445 pessoas infectadas.

Além dos dados diários do consórcio, a Folha de S. Paulo também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 491, o que representa um cenário de aumento de mortes em relação à média de 14 dias atrás. Nas últimas semanas, o país variou entre situações de queda da média e estabilidade.

A média recente, porém, foi afetada por um apagão de dados de alguns estados. De toda forma, dados do país e especialistas que os acompanham têm apontado tendências de aumento de casos de Covid-19.

Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha de S. Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Norte e Nordeste são as únicas regiões do país com quadros de estabilidade da média móvel de mortes. Todas as demais se encontram com média móvel crescente.

Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e São Paulo têm aumento das médias móveis de mortos pela Covid-19, em relação ao dado de 14 dias atrás.
Amapá, Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe estão em situação de estabilidade da média. Os demais estados apresentam queda.

O Brasil tem uma taxa de 81,2 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (259.256), e o Reino Unido (55.935), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 79,4 e 84,2 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (84,9), país com 51.306 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a ultrapassar o Brasil.

O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 101.926 óbitos, tem 80,8 mortes para cada 100 mil habitantes.

Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 111,4. O país tem 35.641 óbitos pela Covid-19.

A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 134.218 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 9,9 óbitos por 100 mil habitantes.

Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 83,4 mortes por 100 mil habitantes (37.122 óbitos).

Já o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde na noite desta terça-feira (24) aponta 31.100 novos casos de Covid-19 confirmados nas últimas 24h, com 630 novas mortes. O balanço da pasta soma, com esses dados, 6.118.708 casos e 170.115 mortes pela doença registrados desde o início da epidemia no país.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.

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