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Brasília tem Esplanada dividida entre protestos pró e contra Bolsonaro

Os agentes de segurança fizeram um cordão de isolamento no canteiro central da via.

Brasília tem Esplanada dividida entre protestos pró e contra Bolsonaro

Apesar das orientações das autoridades sanitárias em defesa do distanciamento social para evitar a transmissão do novo coronavírus, houve pontos de aglomeração. — Foto:Reprodução

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Manifestantes contrários e pró-governo Jair Bolsonaro participaram neste domingo (21) de protestos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A concentração dos atos começou às 09h. Ambos os grupos saíram em passeata pela Esplanada em direção ao Congresso Nacional. Os manifestantes, separados pela Polícia Militar do Distrito Federal, ocuparam as duas pistas do Eixo Monumental. Os agentes de segurança fizeram um cordão de isolamento no canteiro central da via.

No sábado (20), o governador Ibaneis Rocha (MDB) cogitou determinar o fechamento da Esplanada. A área, na região central de Brasília, no entanto, foi aberta para pedestres neste domingo, com restrição apenas para carros.

O acesso à Praça dos Três Poderes, onde fica o Palácio do Planalto, no entanto, permaneceu totalmente fechado. Houve princípio de confusão quando um grupo de bolsonaristas forçou as grades para que o caminho fosse aberto.

Os apoiadores do presidente partiram da frente da Catedral. Os manifestantes, vestidos em sua maioria de verde e amarelo, portavam faixas de apoio a Bolsonaro.

“Supremo é o povo” e “intervenção militar já” estavam entre as mensagens de faixas e cartazes. Havia frases com críticas à Câmara, ao Senado e ao STF (Supremo Tribunal Federal). Faixas foram estendidas na pista em apoio ao presidente.

Do alto de caminhões de som, organizadores gritavam palavras de ordem e faziam orações. Uma cruz de madeira com a bandeira do Brasil foi carregada pela avenida.

Apesar das orientações das autoridades sanitárias em defesa do distanciamento social para evitar a transmissão do novo coronavírus, houve pontos de aglomeração. A maioria dos manifestantes usava máscara.

O protesto contra o governo partiu do lado oposto do Eixo Monumental. O grupo, com presença mais baixa do que o ato bolsonarista, saiu da altura do Teatro Nacional, na região central da capital federal, também em direção ao Congresso.

Os manifestantes, em sua maioria com roupas pretas e vermelhas, portavam faixas e cartazes contra o fascismo e o racismo e em defesa da democracia. O grupo estendeu uma faixa na pista com a mensagem de “Fora, Bolsonaro -a sua gripezinha já matou 50 mil”.

Outra faixa dizia “não ao congelamento salarial”. Em acordo com o Congresso, o governo travou reajustes de servidores públicos até o fim de 2021.
Também houve aglomeração entre os participantes. A maioria deles usava máscara.

Os dois atos chegaram ao Congresso por volta das 12h. Não houve registro de nenhum incidente.

Neste domingo, Bolsonaro viajou pela manhã para o Rio de Janeiro. A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto afirmou que ele tinha agenda na Brigada de Infantaria Paraquedista. Não foi informado o motivo da viagem.

Pela manhã, a Polícia Civil do DF cumpriu um mandado de busca e apreensão em uma chácara usada como ponto de apoio do grupo bolsonarista “300 do Brasil”.

A ação é parte de investigação sobre a prática de supostos crimes de milícia privada, ameaças e porte ilegal de armas, segundo informou a assessoria de imprensa da polícia.

A operação foi feita pela Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado do órgão no início da manhã e contou com a participação de 30 policiais.

Na casa, na região de Arniqueiras, foram apreendidos fogos de artifício, telefones celulares, um facão, cartazes, discursos, um cofre e outros materiais usados em manifestações. Ninguém foi preso.

O “300 do Brasil” também é investigado pela Polícia Federal. O grupo defende o governo Bolsonaro e prega intervenção militar contra o Supremo e o Congresso.

Eles acampavam na Esplanada dos Ministérios, mas foram retirados pelo governo do DF.

Na noite de sábado passado (13), integrantes do grupo atacaram a sede do STF com fogos de artifício. A pedido do presidente do tribunal, ministro Dias Toffoli, a PGR (Procuradoria-Geral da República) abriu investigação para a responsabilização dos autores.

Na segunda-feira (15), no âmbito do inquérito sobre protestos antidemocráticos, a ativista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, que faz parte do grupo, foi presa após operação da PF.

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