Pandemia

‘Corremos o risco real de termos vacina e não termos agulhas e seringa’, diz Conselho de Secretários de Saúde

Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o país corre “risco real” de ter a vacina e não ter agulha suficiente para vacinar a população.

‘Corremos o risco real de termos vacina e não termos agulhas e seringa’, diz Conselho de Secretários de Saúde

Plano de imunização foi entregue neste sábado ao STF. — Foto:Reuters/Michael Weber

BRASÍLIA — O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Eduardo Lula, disse nesta quarta-feira que é preocupante o fracasso do governo para compra de seringas e agulhas para a vacinação contra a Covid-19. Segundo ele, o país corre “risco real” de ter a vacina e não ter agulha suficiente para vacinar a população.

A pasta só conseguiu garantir 7,9 milhões de unidades enquanto buscava adquirir 331,2 milhões no pregão realizado ontem.

— Corremos o risco real de termos vacina e não termos agulhas e seringas suficientes. O Ministério tem de urgentemente reunir a indústria nacional para saber como proceder. Sob pena de medidas drásticas serem tomadas, como, por exemplo a requisição administrativa ou a proibição de exportação dos estoques no Brasil —disse Lula.

No pregão eletrônico concluído ontem houve vencedor em apenas um dos quatro itens da concorrência. E, mesmo assim, o fornecedor se comprometeu apenas com uma entrega parcial dos itens.

O presidente do Conass destaca que é obrigação do governo comprar os insumos em situações excepcionais. Na pandemia, o governo federal tem feito processos de compra unificados na busca de garantir melhor preço e a entrega dos materiais. Lula também critica a condução do Ministério da Saúde para uma campanha nacional de vacinação contra o novo coronavírus.

— É uma vergonha sermos referência mundial em imunização e estarmos tão atrasados em relação à vacinação contra a Covid-19- — afirmou.

O governo federal avalia que poderia implementar o plano nacional de imunização a partir de 20 de janeiro, caso alguma vacina seja certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em tempo hábil, mas a dificuldade para a compra das seringas e agulhas pode ser um novo complicador.

O Ministério da Saúde foi procurado pela reportagem, mas não retornou.

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