Proposta

CPI da Covid vai propor mudanças na legislação como pensão para órfãos e proibição de remédios ineficazes

Uma das mais importantes tem por objetivo proibir que operadoras de plano de saúde prescrevam de medicamentos considerados ineficazes.

CPI da Covid vai propor mudanças na legislação como pensão para órfãos e proibição de remédios ineficazes

A CPI da Covid deve apresentar ao final dos seus trabalhos uma série de propostas para aperfeiçoar a legislação em vigor. — Foto:Reprodução

A CPI da Covid deve apresentar ao final dos seus trabalhos uma série de propostas para aperfeiçoar a legislação em vigor. Uma das mais importantes tem por objetivo proibir que operadoras de plano de saúde prescrevam de medicamentos considerados ineficazes. Uma outra prevê o pagamento de pensão de R$ 1 mil para órfãos de vítimas do coronavírus.

Também está em análise um projeto de responsabilidade sanitária para obrigar os serviços de saúde privados a prestar atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) em situações de emergência, com a previsão de ressarcimento posterior.

As três matérias foram elaboradas pelo gabinete do senador Rogério Carvalho (PT-SE), a pedido do relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), que deverá incluí-las em seu parecer final, que será lido na próxima terça-feira e votado no dia seguinte. Antes disso, contudo, Renan vai apresentá-lo a alguns integrantes da CPI, para que eles possam levar suas sugestões ao texto.

A proposta sobre planos de saúde, além de vedar a prescrição de remédios comprovadamente ineficientes, mira nas operadoras que detêm hospitais, como a Prevent Senior, alvo de denúncias. Essas redes seriam submetidas à atuação de comissões, formadas por integrantes indicados por conselhos de medicina, que fiscalizariam a elaboração de prontuários e atestados de óbito, por exemplo. A Prevent é acusada de omitir do documento a causa da morte de pacientes vítimas de Covid-19.

“A formação de rede própria dos planos de saúde apresenta grandes vantagens aos planos e às operadoras, à medida que reduz custos e melhora a administração de recursos. Por outro lado, tem possibilitado aos planos e às operadoras maior controle sobre os tratamentos que são conduzidos pelos médicos”, diz a justificativa do projeto.

O projeto de “responsabilidade sanitária” prevê que os entes da Federação possam exigir um do outro “cumprimento de metas de desempenho, com cobrança de resultados e avaliação do grau de satisfação do usuário” no Sistema Único de Saúde (SUS). A ideia é criar uma federação “cooperativa” no sistema de saúde.

A pensão para órfãos seria paga a qualquer a família que tenha ao menos uma criança ou um adolescente cujo genitor tenha morrido em decorrência da infecção por coronavírus e não tenha contribuído para a Previdência Social, segundo o projeto a que O GLOBO teve acesso. O beneficiário receberia R$ 1 mil por mês até completar 18 anos.

Nota técnica da consultoria de orçamentos, fiscalização e controle do Senado, solicitada pelo gabinete de Rogério Carvalho, estima que os gastos com o projeto podem variar de R$ 771,5 milhões a R$ 1,4 bilhão em 2022. O impacto fiscal seria de R$ 1,8 bilhão até R$ 3,56 bilhões até 2023, a depender dos óbitos devido ao coronavírus — os cenários considerados são de 15 mil a 60 mil mortes mensais.

No início do mês, Renan Calheiros já havia anunciado que pretendia sugerir a criação de uma pensão especial, no valor de um salário mínimo (R$ 1,1 mil), para órfãos de vítimas da Covid-19.

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