Ex-ministro

Decotelli cobra R$ 3,1 milhões em ação por danos morais contra a FGV

O economista e professor cobra danos morais e materiais — em um total de R$ 3,1 milhões — após a FGV informar que Decotelli não fez parte do seu corpo docente.

Decotelli cobra R$ 3,1 milhões em ação por danos morais contra a FGV

Decotelli se pronunciou sobre todos os casos e disse que mudaria o currículo para “dirimir quaisquer dúvidas”. — Foto:Reprodução

O ex-ministro da Educação Carlos Alberto Decotelli entrou com uma ação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na quinta-feira (13) contra a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O economista e professor cobra danos morais e materiais — em um total de R$ 3,1 milhões — após a FGV informar que Decotelli não fez parte do seu corpo docente. As informações são do Blog do Ancelmo, do jornal O Globo.

A defesa do ex-ministro, que ocupou o cargo por apenas 5 dias, anexou, como prova de que lecionou na instituição, o anúncio feito pela FGV de um webnar em que participaria o “professor Decotelli”. O ex-ministro diz ainda que a alegação da FGV “gerou o afastamento do honroso cargo de ministro da Educação”.

Decotelli não chegou a, de fato, comandar o ministério, pois desde o período em que foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro até o dia em que entregou sua carta de demissão a pedido do Palácio do Planalto, recebeu uma série de contestações de universidades estrangeiras e da FGV – o que inviabilizou a posse como ministro.

O primeiro apontamento de inconsistências acadêmicas foi feito pela Universidade Nacional de Rosário, na Argentina. O reitor Franco Bartolacci disse que a tese de doutorado de Decotelli na instituição foi reprovada, portanto, ele não obteve o título de doutor na instituição argentina. Em seguida, foi a vez de a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, também afirmar que Decotelli não fez pós-doutorado na instituição.

Apesar das inconsistências apontadas pelas universidades estrangeiras, além da acusação de plágio na dissertação de mestrado, Jair Bolsonaro ainda cogitava manter Decotelli no Ministério da Educação. Mas a nota da FGV contestando Decotelli o fragilizou ainda mais. Em nota, a fundação informou que Carlos Alberto Decotelli não foi pesquisador ou professor da instituição, apenas atuou como colaborador.

Decotelli se pronunciou sobre todos os casos e disse que mudaria o currículo para “dirimir quaisquer dúvidas”. Agora, com o documento atualizado novamente, Decotelli dá destaque à sua passagem no Ministério da Educação como ministro e como presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, cargo ocupado entre 5 de fevereiro de 2019 até 29 de agosto do mesmo ano.

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