Instabilidade

Depois de demitir três generais em menos de uma semana, Bolsonaro ameaça presidente do BNDES

A ameaça pública foi feita neste sábado (15), nos portões do Palácio do Alvorada. Bolsonaro acusou Levy de desleal, disse que o presidente do BNDES "está com a cabeça a prêmio há algum tempo".

Depois de demitir três generais em menos de uma semana, Bolsonaro ameaça presidente do BNDES

Foram demitidos por Bolsonaro: o presidente da Funai, general Franklimberg Ribeiro de Freitas, por considerá-lo amistoso com os indígenas; o presidente dos Correios, general Juarez Aparecido de Paula Cunha, por tirar fotos com parlamentares de esquerda. — Foto:reprodução

Depois de demitir três generais em uma semana, Jair Bolsonaro ameaçou o presidente do BNDES, Joaquim Levy, com a exoneração já na próxima segunda-feira. A ameaça pública foi feita neste sábado (15), nos portões do Palácio do Alvorada. Bolsonaro acusou Levy de desleal, disse que o presidente do BNDES “está com a cabeça a prêmio há algum tempo” e explicitou o motivo da possível demissão: “Eu já estou por aqui com o [Joaquim] Levy [nesse momento levou a mão ao pescoço, como se estivesse cortando-o]. Falei pra ele demitir esse cara [Marcos Barbosa Pinto] na segunda-feira ou eu demito você, sem passar pelo Paulo Guedes”.

“Governo tem que ser assim: quando coloca gente suspeita em cargos importantes e essa pessoa, como Levy, já vem há algum tempo não sendo leal àquilo que foi combinado e àquilo que ele conhece a meu respeito, ele (Levy) está com a cabeça a prêmio há algum tempo”, continuou Bolsonaro, visivelmente alterado.

Barbosa Pinto foi assessor do BNDES no governo do PT e, segundo reportagem do jornal Valor Econômico, voltaria ao banco para o cargo de diretor de Mercado de Capitais do BNDES. Levado por Guedes para a presidência do BNDES durante a atual gestão, Levy foi ministro da Fazenda de Dilma Rousseff (PT).

Bolsonaro deu a declaração ao sair do Palácio do Alvorada em direção à base militar. Ele viaja na tarde deste sábado para Santa Maria (RS), onde participa de uma cerimônia militar à noite. 

Nesta semana, foram demitidos por Bolsonaro: o presidente da Funai, general Franklimberg Ribeiro de Freitas, por considerá-lo amistoso com os indígenas; o presidente dos Correios, general Juarez Aparecido de Paula Cunha, por tirar fotos com parlamentares de esquerda  durante uma visita à Câmara, e o secretário de Governo, general Santos Cruz, por opor-se à ordem unida na comunicação governamental, que Bolsonaro pretende ver controlada pela extrema-direita.

COMPARTILHE

Bombando em Brasil

1

Brasil

Correios amenizam prejuízo em 2023, mas perdas somam R$ 597 milhões

2

Brasil

Espírito Santo tem 20 mil desalojados e 20 mortes por causa da chuva

3

Brasil

Irmãos Brazão, suspeitos de mandar matar vereadora, são transferidos de Brasília

4

Brasil

“Estivemos durante todo esse tempo correndo perigo”, diz prima de Marielle após novos desdobramentos do caso

5

Brasil

PF prende uma pessoa e cumpre mandados contra abuso sexual infantil em Ibiara e Pedro Régis