Cerimônia

Diplomação de eleitos em São Paulo tem confusão e é interrompida por 20 minutos

Jesus dos Santos, integrante do mandato coletivo da deputada estadual eleita Monica Seixas, do PSOL, subiu no palco no momento da diplomação e foi retirado por seguranças.

Diplomação de eleitos em São Paulo tem confusão e é interrompida por 20 minutos

Houve confusão entre os parlamentares eleitos e a cerimônia chegou a ser interrompida por cerca de 20 minutos — Foto:Reprodução

O governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), o vice, Rodrigo Garcia (DEM), deputados estaduais e federais e senadores eleitos foram diplomados nesta terça-feira (18) em uma cerimônia realizada na Sala São Paulo, no Centro da capital paulista. Houve confusão entre os parlamentares eleitos e a cerimônia chegou a ser interrompida por cerca de 20 minutos.

Jesus dos Santos, integrante do mandato coletivo da deputada estadual eleita Monica Seixas, do PSOL, subiu no palco no momento da diplomação e foi retirado por seguranças. Ele queria participar da foto da diplomação. Quando estava sendo retirado, a plateia gritou “fascistas não passarão”. A cerimônia ficou paralisada por 20 minutos quando Polícia Militar, jornalistas e demais participantes entraram no palco.

O presidente do TRE, desembargador Carlos Eduardo Caduro Padin, pediu para todos se sentarem, mas demorou para ser atendido. Jesus dos Santos disse ter sido agredido pelo deputado federal eleito Alexandre Frota (PSL).

A deputada eleita Monica disse que já havia um acordo prévio com o TRE para que a bancada coletiva recebesse o diploma com os 9 integrantes juntos no palco. Jesus do Santos, segundo a deputada eleita, teria sido o único barrado por um dos seguranças e por Frota.

Frota disse que não podia aceitar que alguém pulasse no palco. “As pessoas estão sendo homenageadas, estão sendo diplomadas, não dá para ter atos como esse tipo de bandido, de pular no palco e criar esse tipo de situação. Comigo não se cria, vai ser daí para frente. Eu não sei se é uma mostra de oposição não, mas é errada, no dia em que as pessoas todas, inclusive partidos de oposição e partidos de situação, estão todos juntos recebendo os seus diplomas. Então a gente não pode aceitar que um sujeito desses pule no palco daquela maneira que ele pulou e venha achar que ele irá mandar na festa”, disse.

Depois, questionado por qual razão chamou o deputado eleito de “bandido”, Frota disse ele é bandido pela maneiro como pulou no palco. “Para mim ele é um bandido. A maneira como ele pulou no palco eu não gostaria que fizesse isso, você gostaria que fizesse isso na sua casa, na sua festa? Não, e eu também não gostei disso aqui, isso é uma festa para aqueles que foram eleitos e não para bandido, para militante de esquerda ficar fazendo e usando da nossa festa para promover os movimentos deles”, disse.

Eduardo Bolsonaro (PSL) se manifestou sobre a confusão. “As pessoas estão sendo homenageadas, diplomadas e acontecem atos bandidos como este”, disse.

Segundo Padin, a diplomação é um documento que atesta o resultado das urnas e “marca o fim da eleição e o início dos novos mandatos”. “A cerimônia da diplomação, embora singela, coroa o ciclo da eleição, o candidato fica habilitado a exercer o cargo para o que foi eleito”, disse ele.

“É um momento de alegria e comemoração, representando a escolha e a sobernia popular”, salientou. Os eleitos, contudo, podem perder o cargo caso haja algum recurso contra a diplomação ou impugnação de mandato por abuso de autoridade ou abuso de poder econômico.

São 94 deputados estaduais e 70 federais que foram diplomados nesta manhã, entre eles a advogada e professora Janaina Paschoal (PSL), eleita deputada estadual mais bem votada da história do Brasil e que se destacava com um vestido roxo, e Eduardo Bolsonaro (PSL), deputado federal mais votado no estado, além dos senadores eleitos por São Paulo, major Olimpio (PSL) e Mara Gabrilli (PSDB).

“Realizamos um primeiro turno eficiente e conduzimos um segundo turno da forma delineada pelas pesquisas e na mente dos cidadãos. Temos que ter cuidado com a interferência das redes socisis, mas não é o momento de tratarmos deste assunto”, disse o desembargador presidente do TRE ao discursar no evento, que começou por volta das 11h30, com meia hora de atraso.

O presidente da Assembleia Legislativa, Cauê Macris (PSDB) foi o primeiro a receber o diploma, por ter sido reeleito, cuja coligação partidária elegeu 28 deputados estaduais. Na cerimônia, após receber seu diploma, o deputado Conte Lopes (PP), ex-PM da Rota, prestou continência ao presidente e ao corregdor do TRE, que lhe entregou o certificado.

Os PMs e militares eleitos prestaram continência ao corregedor, presidente e vice-presidente do TRE. Deputados eleitos do PT fizeram um L com as mãos em menção ao “Lula Livre” e foram vaiados por parte da plateia.

Doria assume em 1º de janeiro, já os deputados federais assumem em fevereiro e os estaduais, em março.

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