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Escolas particulares de São Paulo decidem manter ensino remoto mesmo se autorizadas

O prefeito Bruno Covas (PSDB) anunciou que as aulas presenciais podem ser liberadas a partir de segunda (12) se a fase emergencial não for prorrogada.

Escolas particulares de São Paulo decidem manter ensino remoto mesmo se autorizadas

A posição dessas escolas se contrapõe ao movimento que sindicatos patronais e um grupo de pais têm promovido para forçar a volta das atividades presenciais na capital. — Foto:Reprodução

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) — Escolas particulares de São Paulo decidiram que, mesmo se forem autorizadas pela prefeitura a retomar as aulas presenciais, vão continuar com o ensino remoto por ao menos mais uma semana.

Os diretores das unidades avaliam que a situação da pandemia na cidade é ainda bastante grave e comunicaram às famílias ter decidido ser mais seguro manter alunos, professores e funcionários em casa.

O prefeito Bruno Covas (PSDB) anunciou que as aulas presenciais podem ser liberadas a partir de segunda (12) se a fase emergencial não for prorrogada. No entanto, o comitê de contingência do governo estadual já indicou que as medidas mais restritivas devem ser estendidas. O anúncio deve ser feito nesta sexta (9) pelo governador João Doria (PSDB).

Ainda que não haja definição, os colégios decidiram se antecipar ao anúncio para que as famílias se organizem.

O colégio Santa Cruz, no Alto de Pinheiros, zona oeste da cidade, enviou nesta quinta (8) uma carta aos pais explicando a decisão de prorrogar o ensino remoto por mais uma semana.

“Neste momento crítico, nosso compromisso histórico com a educação deve levar em conta também o contexto da saúde e o impacto que a abertura do campus [do colégio] traz para a nossa comunidade e a cidade.”

A prorrogação das aulas remotas também já foi definida pelos colégios Equipe e Santa Maria. Neste último, a direção ainda avalia que, se houver liberação das atividades presenciais, poderá retomá-las apenas para as crianças da educação infantil e do 1º e 2º anos do ensino fundamental.

A posição dessas escolas se contrapõe ao movimento que sindicatos patronais e um grupo de pais têm promovido para forçar a volta das atividades presenciais na capital. As entidades estão em um embate com Covas, já que ele decidiu adotar medidas mais restritivas para o ensino do que as previstas pelo Plano SP.

De acordo com o plano do governador, as escolas podem ficar abertas mesmo na piora da pandemia, com restrição de até 35% para as fases vermelha, laranja e emergencial. Nesta última, a mais grave, houve orientação para que só alunos com maiores dificuldades fossem atendidos presencialmente.

Covas, no entanto, só permitiu que as escolas abrissem para alunos que necessitem de alimentação escolar. Foi com essa autorização que algumas unidades já nesta semana voltaram a receber estudantes, mesmo sem ter autorização para desenvolver atividades presenciais.

O movimento Escolas Abertas que, inicialmente disse considerar ilegal o decreto de Covas adiando a volta às aulas presenciais, agora diz entender que a regra municipal não impede as unidades de receber parte dos alunos, como prevê o governo do estado.
“O município pode até ser mais restritivo, mas entendemos que os prefeitos então vão ter de declarar que não consideram as escolas como serviços essenciais para impedir a sua abertura”, disse Isabel Quintella, porta voz do movimento.

Covas não foi o único prefeito que decidiu ser mais restritivo que o Plano SP na educação. Cidades como Araraquara, Campinas, Mairiporã e Ribeirão Preto ainda não autorizam que escolas particulares retomem as atividades presenciais.

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