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General Joaquim Silva e Luna é indicado por Bolsonaro para comandar Petrobras

A indicação ainda precisa passar pela aprovação do conselho de administração da Petrobras, pois Bolsonaro não tem poder formal para demitir o atual mandatário, Roberto Castello Branco.

General Joaquim Silva e Luna é indicado por Bolsonaro para comandar Petrobras

Em setembro do ano passado, Luna assumiu o cargo em Itaipu para um mandato de até quatro anos. — Foto:Agência Brasil

O ex-ministro da Defesa e diretor-geral da Itaipu Binacional, general Joaquim Silva e Luna, foi anunciado nesta sexta-feira (19) como o nome escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir a presidência da Petrobras. 

Em setembro do ano passado, Luna assumiu o cargo em Itaipu para um mandato de até quatro anos. Na ocasião, ele substituiu o presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira, já fora do governo. O MME (MInistério de Minas e Energia) não informou quem vai assumir o comando de Itaipu.

A indicação de Silva e Luna ainda precisa passar pela aprovação do conselho de administração da Petrobras, pois Bolsonaro não tem poder formal para demitir o atual mandatário, Roberto Castello Branco. A decisão cabe ao conselho, formado por membros indicados pelo governo, mas que atuam com independência. O conselho deve se reunir na terça-feira (23) para discutir a troca.

Perfil

O general é próximo de Bolsonaro. No comando de Itaipu, usou o orçamento da hidrelétrica binacional para fazer várias obras, inclusive uma ponte que liga Brasil e Paraguai, o que agradou Bolsonaro.

Como militar, é visto como um cumpridor de ordens, apesar de não ter uma postura próxima à do ministro da Saúde, general Eduardo Pazzuelo, que é considerado, dentro do governo, como alguém mais subserviente ao presidente.

Luna é visto como alguém de perfil discreto e pacificado.

Com sua transferência a Petrobras confirmada, Bolsonaro deve passar a ter mais um cargo importante nas mãos, a chefia de Itaipu, para acomodar membros do Centrão. A vaga é cobiçada por partidos do bloco devido ao orçamento bilionário da hidrelétrica. Além disso, por ser uma empresa de caráter binacional, a indicação não precisa cumprir as regras restritas estabelecidas na lei das estatais.

Currículo

Com 71 anos, Luna serviu cinco anos no Ministério da Defesa, inicialmente como Secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto; depois, como Secretário-Geral do Ministério; e por último, como ministro da Defesa, entre fevereiro de 2018 e  janeiro de 2019.

Nos seus 12 anos como Oficial General da ativa, foi comandante da 16ª Brigada de Infantaria de Selva, em Tefé, Amazonas, de 2002 a 2004. Foi chefe do Estado-Maior do Exército de 2011 a 2014 e comandou várias Companhias de Engenharia de Construção na Amazônia.

Luna tem pós-graduação em Política, Estratégia e Alta Administração do Exército, em curso realizado na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (1998); e Doutorado em Ciências Militares, realizado na Escola de Comando e EstadoMaior do Exército (1987/88), entre outros cursos.

No exterior, foi membro da Missão Militar Brasileira de Instrução e Assessor de Engenharia na República do Paraguai, de 1992 a 1994; e adido de Defesa, Naval, do Exército e Aeronáutico no Estado de Israel, de 1999 a 2001.

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