A Executiva do PTB aprovou nesta quarta-feira (18), por unanimidade, a indicação de Geraldo Alckmin (PSDB) como candidato a ser apoiado pelo partido na eleição presidencial de outubro. A decisão da cúpula do partido, comandado pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson, será submetida à convenção do PTB, no próximo dia 28 de julho, em Brasília, quando deve ser confirmada.
No documento em que encaminha a indicação de Alckmin aos petebistas, Jefferson afirma que o país passa por uma “instabilidade gerada a partir de 2003”, ano em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a Presidência. Para o presidente do PTB, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão, o PT era norteado por um “projeto criminoso de poder”.
“A monstruosidade da crise exige um gestor experiente, preparado e moderado, com discernimento e respeito à coisa pública”, enumera Jefferson, para quem o presidente a ser eleito em outubro “encontrará uma bomba-relógio”. “A pessoa que reúne todas essas qualidades, defende as bandeiras que defendemos e nos respeita, politica e partidariamente, é Geraldo Alckmin”, diz a carta, que ainda classifica o tucano como “gestor sério e prudente” e “homem humilde, honrado, de palavra, de família, de valores e credos”.
O texto assinado por Roberto Jefferson oficializa o que já era dado como certo na campanha do tucano. Além do PTB, auxiliares de Alckmin dizem que ele deve receber os apoios de PSD, PPS e PV.
O ex-governador de São Paulo, que patina nas pesquisas de intenção de voto, variando de 6% a 7% das intenções de voto, ainda busca atrair para sua coligação outros partidos de centro, como DEM, PP, PRB e Solidariedade, que também negociam subir ao palanque de Ciro Gomes, pré-candidato do PDT ao Palácio do Planalto. O apoio do chamado “centrão” ou “blocão” é considerado um fator de desequilíbrio na disputa, sob a ótica do tempo de TV que podem agregar a uma candidatura, além de estrutura partidária e recursos do fundo eleitoral.