Declaração

Governador da Bahia afirma que vídeo de autópsia de Adriano divulgado por Flávio é falso

Na tarde desta terça-feira (18), o senador divulgou em suas redes um vídeo que afirmava ser do corpo do ex-capitão da PM do Rio, morto em uma operação policial na Bahia

Governador da Bahia afirma que vídeo de autópsia de Adriano divulgado por Flávio é falso

O governador baiano também apontou que o Ministério Público de ambos os estados estão em contato nas investigações. — Foto:Reprodução

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou nesta quarta-feira (19), que o vídeo compartilhado pelo senador Flávio Bolsonaro (Sem partido-RJ) afirmando ser da autópsia do ex-capitão Adriano da Nóbrega, é falso. Na tarde desta terça-feira (18), o senador divulgou em suas redes um vídeo que afirmava ser do corpo do ex-capitão da PM do Rio, morto em uma operação policial na Bahia após passar um ano foragido da Justiça.

Na gravação divulgada pelo senador sem aviso de conteúdo sensível, o cadáver aparece de costas e em determinado momento, é filmada a etiqueta com a identificação do corpo utilizada pela perícia da Bahia. Na postagem, o parlamentar afirmou que peritos não conseguiram concluir se Adriano foi ou não torturado antes de ser morto em uma operação policial realizada pela polícia militar da Bahia. Rui Costa garantiu que as imagens não são das autoridades baianas ou fluminenses, mas que não deve haver investigação sobre a autenticidade do vídeo.

— Posso lhe garantir que aquilo não é nem do IML da Bahia, nem do IML do Rio. Imagem, hoje, edita do jeito que quiser…. Nas imagens (verdadeiras) do corpo tem uma saída de bala nas costas, e as costas aí estão lisas — disse o governador após sair de uma reunião no Senado.

Ontem, o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, e o diretor do Instituto Médico Legal responsável, Mário Câmara, também tinham questionado a autenticidade do vídeo jogou dúvidas sobre a autenticidade do vídeo.

“Não sabemos se foi adulterado, onde foi feito, não sabemos se o corpo é realmente do senhor Adriano”, disse o diretor do IML, que reforçou confiar no laudo médico que tinha descartado tortura.

O governador baiano também apontou que o Ministério Público de ambos os estados estão em contato nas investigações.

— Deixa concluir a apuração. O Ministério Público da Bahia está cuidando, o Ministério Público do Rio continuará apurando, todos os telefones foram enviados ao Rio com chip ao Ministério Público, na íntegra, sem serem vistos. Portanto, quem vai investigar é o MP do Rio. Vai ser feita uma nova perícia amanhã no Rio de Janeiro, pelo IML do Rio, e agora está entregue às autoridades. Eu, como um democrata que sou, acredito nas instituições. Acredito no Ministério Público da Bahia, acredito no Ministério Público do Rio, e eles serão capazes, espero, de reafirmar e deixar claro para a sociedade toda essa situação — concluiu o governador.

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