Em Santa Catarina

Homem é indiciado por apologia ao nazismo após pendurar suástica em janela

O homem pendurou uma suástica na janela do seu apartamento, na cidade catarinense de São José, na região metropolitana de Florianópolis.

Homem é indiciado por apologia ao nazismo após pendurar suástica em janela

Itens apreendidos em Santa Catarina — Foto:Polícia Civil - SC

PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – Um homem de 55 anos, natural de São Paulo, foi indiciado nesta quinta-feira (23) pela Polícia Civil de Santa Catarina pelo crime de apologia ao nazismo.

O homem pendurou uma suástica na janela do seu apartamento, na cidade catarinense de São José, na região metropolitana de Florianópolis. A suástica estava estampada em uma camiseta vermelha, lembrando uma bandeira. 

O caso ocorreu no último domingo (19), dois dias depois que Roberto Alvim, então secretário da Cultura de Jair Bolsonaro, divulgou um vídeo copiando o discurso nazista de Joseph Goebbels, ministro de Adolf Hitler

LEIA MAIS: Governo suspende edital anunciado por Alvim em vídeo associado ao nazismo.

Cerca de 25 mil jovens brasileiros enfrentaram as tropas de Adolf Hitler durante a Segunda Guerra para ajudar a derrotar o nazismo.

O crime de apologia ao nazismo prevê reclusão de dois a cinco anos e multa por “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”, de acordo com o artigo 20, parágrafo primeiro, da Lei 7716/89.

Vizinhos e pessoas que passaram pela avenida onde fica o prédio avistaram a suástica na janela e comunicaram à Polícia Militar (PM). Quando os policiais chegaram ao local, foram xingados.

“Ele gritou com os policiais e disse que estava exercendo seu direito de expressão e que se declarava nazista”, disse à reportagem o delegado Deonir Moreira Trindade. Os policiais deram voz de prisão e o levaram à delegacia.

“Assegurei o direito de silêncio, mas ele resolveu contar sua versão. Deu para perceber um ódio no discurso dele. Ele contou que era sócio de um estabelecimento em São Paulo, que teve prejuízo por causa do sócio, que seria judeu. Demonstrou ódio, mas não só contra judeus, como contra os policiais”, relata Trindade.

O delegado lavrou o flagrante por apologia ao nazismo e, após a audiência de custódia na última segunda-feira (20), a Justiça lhe concedeu liberdade provisória.  

Trindade cumpriu um mandato de busca e apreensão na casa do homem. Na residência havia livros sobre nazismo, incluindo o “Minha Luta”, escrito por Hitler e outra camiseta com uma suástica. 

A Polícia Civil apreendeu pendrives, notebooks, máquinas fotográficas e chip de celular.

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