Defesa

Moro diz que Bolsonaro respeita autonomia da PF, apesar de insatisfação pontual

Segundo Moro, o presidente ficou insatisfeito com situações como o inquérito que resultou no indiciamento do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

Moro diz que Bolsonaro respeita autonomia da PF, apesar de insatisfação pontual

Moro também se recusou a comentar declarações feitas pelo senador Renan Calheiros — Foto:Reprodução

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou nesta sexta-feira (11) que o presidente Jair Bolsonaro respeita a autonomia da Polícia Federal, “ainda que possa estar insatisfeito” com situações como o inquérito que resultou no indiciamento do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

Um dia antes, em live semanal transmitida nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que o responsável pela investigação policial “agiu de má-fé”, que houve “exagero” no inquérito e que a intenção não foi atingir o ministro, mas sim o presidente da República.

Álvaro Antônio foi denunciado pelo Ministério Público e indiciado pela Polícia Federal sob suspeita de envolvimento no esquema de candidaturas de laranjas do PSL em Minas Gerais, revelado pela Folha.

Nesta sexta-feira, ao ser questionado pela Folha de S.Paulo sobre as críticas de Bolsonaro ao inquérito, Moro afirmou que não comentaria as declarações do presidente, mas em seguida afirmou que “a Polícia Federal vem realizando nesse caso e em todos os casos o seu trabalho com autonomia, e isso vai continuar ocorrendo”.
Segundo ele, “o presidente respeita a instituição e essa autonomia, ainda que possa estar insatisfeito com uma ou outra situação.”

Moro também se recusou a comentar declarações feitas pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), que disse em entrevista à Folha de S.Paulo que o ministro da Justiça tem uma formação intelectual fascista. 

Em seguida, porém, disse que as críticas a seu pacote anticrime fazem parte de “um jogo político de pessoas que não querem avançar contra (…) a corrupção, porque vivem nesse sistema e se dão bem nele”.

Ao abordar resistências ao seu pacote anticrime, o ministro voltou a dizer que “não existe nenhuma licença para matar nesse projeto”. “A norma que mais questionam é uma cópia de um dispositivo do código penal alemão e português, que ninguém chama de fascistas.”

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