Regalias

Polícia Civil apreende pendrives e anotações na cela de Geddel e Luiz Estevão em Brasília

Os dois dividem um alojamento com outros presos no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

Polícia Civil apreende pendrives e anotações na cela de Geddel e Luiz Estevão em Brasília

As barras de chocolates e anotações seriam supostamente de Geddel — Foto:Reprodução

A Polícia Civil do Distrito Federal fez buscas, neste domingo (17), na cela que abriga o ex-senador Luiz Estevão e o ex-ministro da Articulação Política do governo Michel Temer, Geddel Vieira Lima (MDB-BA). Os dois dividem um alojamento com outros presos no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

Segundo a polícia, as buscas foram autorizadas pela Justiça e motivadas pela denúncia, feita por um detento, de que os políticos estariam recebendo “regalias” na prisão. Barras de chocolate, anotações que seriam de Geddel e pelo menos cinco pendrives, supostamente, de Luiz Estevão, foram apreendidos.

À TV Globo, o advogado de Geddel Vieira Lima disse que “estranha, mais uma vez, a defesa técnica não saber da operação antes da imprensa”. A defesa de Luiz Estevão também disse desconhecer as buscas, e não quis se pronunciar.

De acordo com a Polícia Civil, durante as buscas, Estevão tentou se livrar de um pendrive jogando o dispositivo na privada. O aparelho foi recuperado e passará por perícia.

Além do conteúdo dos itens apreendidos, os investigadores querem descobrir quem facilitou a entrada dos alimentos e das mídias.

A ação foi realizada pela Coordenação de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do DF e pela Promotoria de Execução Penal do Ministério Público do DF. Até a noite deste domingo, nenhum dos órgãos tinha detalhado as possíveis medidas a serem tomadas com base no material encontrado.

A suspeita de regalias na cela ocupada por Luiz Estevão não é inédita. Em março de 2017, uma inspeção encontrou itens proibidos nas dependências compartilhadas pelo ex-senador. A lista incluía chocolate, cafeteira elétrica, cápsulas de café e até macarrão importado.

O político também é acusado pelo MP do DF de financiar a reforma do bloco onde cumpre pena no Complexo da Papuda. Pelo menos três ex-gestores da Papuda também são listados no processo por, supostamente, terem sido coniventes com o empreendimento.

Considerada “luxuosa” em comparação ao restante da unidade, a ala de vulneráveis ocupada por Estevão, e Geddel, desde setembro, tem sanitário e pia de louça, chuveiro, cortina, tapete, cerâmica e paredes pintadas.

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