O Rio Grande do Sul atingiu 100,1% de ocupação dos leitos de UTI disponíveis, conforme mostra o painel de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde. Na atualização das 14h07 nesta terça (2), o estado contava com 2.818 pacientes internados. O total de vagas é 2.820.
Os pacientes com coronavírus correspondiam a 62,2% do total. Já 30,3% eram não-Covid. E 7,5% dos pacientes são suspeitos de coronavírus ou outra síndrome respiratória aguda grave.
As regiões mais críticas são a Serra, com 107%, Metropolitana, com 103% e dos Vales, com 113,4% das vagas ocupadas. Algumas regiões, por outro lado, ainda contavam com alguns leitos disponíveis. Na atualização das 17h07, o painel apontava 99,8% da capacidade, com seis leitos disponíveis. Leia nota do governo do estado abaixo.
Quando a internação supera o total de leitos de UTI, os hospitais precisam remanejar recursos, abrindo vagas em leitos clínicos para atender a demanda. Na semana passada, o estado acionou a última etapa do Plano de Contingência Hospitar, criado no início da pandemia, que prevê a utilização de todas as áreas de atendimento aos casos de Covid-19.
A abertura de novos leitos não acompanha a demanda por hospitalização acarretada pela doença. Mesmo com um incremento de 65% no total de leitos de UTI em relação a abril de 2020, início da pandemia, o total de pacientes hospitalizados aumentou 183% no mesmo período, conforme levantamento do G1.
A secretária de Saúde do RS, Arita Bergmann, afirma que o estado segue aguardando os efeitos da bandeira preta, em vigor desde sábado (27), remanejando pacientes para onde houver leitos disponíveis e requisitando equipamentos do Ministério da Saúde para enfrentar a crise de leitos no estado.
Nota do governo do RS
O fato de o índice geral de ocupação ter ultrapassado 100%, enquanto algumas instituições hospitalares apareçam sem lotação completa se justifica pelas ações adotadas a partir do Plano de Contingência Hospitalar – em sua fase 4.
Por este Plano é determinada a suspensão de cirurgias eletivas, com exceção de cirurgias de urgência ou que representem risco para o paciente. Além disto, outros espaços hospitalares passam a ser ocupados para operacionalização de leitos emergenciais, como salas de recuperação e UTIs Intermediárias, bem como outras áreas disponíveis. O Plano de Contingencia em sua fase 4, também determina a convocação de equipes técnicas, especialmente equipes médicas e de enfermagem, se necessário.
A partir desta fase está programado o uso de toda a estrutura hospitalar disponível para atendimento de casos suspeitos ou confirmados de Covid-19.