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Witzel comemora queda de homicídios e cobra Bolsonaro atenção por ‘erros’ na fiscalização de fronteiras

Witzel criticou quem questiona o trabalho da Polícia Militar e o aumento da letalidade contra "vagabundos".

Witzel comemora queda de homicídios e cobra Bolsonaro atenção por 'erros' na fiscalização de fronteiras

Governador Wilson Witzel — Foto:Ana Branco / Agência O Globo

RIO — Um dia após o Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgar que 2019 foi o ano em que o estado do Rio teve o menor número de homicídios dolosos desde 1991, o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), afirmou, na manhã desta quarta-feira (22), que a queda é resultado do trabalho da Polícia Civil, do aumento de apreensões de armas e de prisões de milicianos, traficante e “empresários do pó”.

— A Polícia Civil do Rio de Janeiro estava sucateada. Hoje, a Polícia Civil é exemplo para todo o Brasil. Isso está nos índices. Aumentamos o índice de solução de casos de homicídios. Nós conseguimos reduzir o número de homicídios. Temos o menor índice de homicídos da História do nosso estado. Não adianta prender o traficante mas não prender quem coloca dinheiro no tráfico. E a Polícia Civil está fazendo isso. Está prendendo milicianos e está prendendo os empresários do pó, esses são os mais importantes.

Se de um lado a queda de homicídios é a menor da série histórica, do outro, nunca a PM matou tanto em conflitos. O GLOBO levantou as áreas que tiveram os maiores aumentos nos números de mortes em confronto com a polícia, que chegaram ao patamar mais alto da série neste crime. Foram 1.810 casos ao longo do ano passado, uma média de cinco por dia. É o maior número registrado desde 1998, início da série histórica.

“Alguém que pega um fuzil para atirar na polícia ou atirar na população só pode ser preso ou ser morto porque ele está enfrentando a polícia com arma de guerra”, disse Witzel.

Witzel criticou quem questiona o trabalho da Polícia Militar e o aumento da letalidade contra “vagabundos”.

— Nós estamos acabando com o crime organizado. Nunca se enfrentou com tanta força e tanta veemência o crime organizado. E muitos questionam a polícia sobre o aumento da letalidade contra o vagabundo por parte da Polícia Militar. Alguém que pega um fuzil para atirar na polícia ou atirar na população só pode ser preso ou ser morto porque ele está enfrentando a polícia com arma de guerra.

O governador citou ainda o recorde nas apreensões de fuzis no estado e disse que já solicitou ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) uma “atenção especial as fronteiras”. Para ele, os números de armas apreendidas como um todo — mais de oito mil — demonstra que há “algo muito errado na fiscalização da entrada de armas no país”.

— No ano passado nós apreendemos mais de 500 fuzis no nosso estado. Esses fuzis não são produzidos no Rio de Janeiro. Eles entram pela fronteira. Já pedi ao presidente Bolsonaro para que tenhamos uma atenção especial as fronteiras, conversar com os países vizinhos, porque não e possível a quantidade de fuzis que entram pela nossa fronteira. Ontem, nós enterramos um policial. Hoje, estamos enterrando outro policial. Não e possível continuar com essa quantidade de fuzis no Rio de Janeiro. Isso demonstra que alguma coisa está muito errada na fiscalização da entrada de armas no pais.

O governador participou na manhã desta quarta-feira do lançamento do Segurança Presente em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio. É a 20ª base do programa em operação no estado. A Operação funcionará diariamente, das 6h às 22h. O patrulhamento irá cobrir o centro comercial do bairro passando pela praça das Nações, e pelas estações do BRT Santa Luzia até a estação Cardoso de Moraes, em Ramos.

A Operação contará diariamente com 40 policias militares. O patrulhamento será feito a pé, de motocicletas e viaturas.

O Segurança Presente já está presente na Lapa, Centro, Aterro do Flamengo, Lagoa, Ipanema, Leblon, Tijuca, Méier, Laranjeiras, Bangu, Botafogo, Niterói, Nova Iguaçu, Austin, Duque de Caxias, Barra da Tijuca, Recreio, Grajaú/Vila Isabel e Copacabana.

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