Entrevista

‘Não iria dar voz a algo que não entendia’, diz Anitta sobre cobranças de posicionamento nas eleições para presidente

De acordo com a cantora, à época das eleições que elegeram Bolsonaro como presidente, ela não tinha amplo conhecimento político e, por isso, preferiu não se posicionar em um primeiro momento.

'Não iria dar voz a algo que não entendia', diz Anitta sobre cobranças de posicionamento nas eleições para presidente

Anitta falou sobre as cobranças por um posicionamento político que a rondam, principalmente desde a última eleição para presidente. — Foto:Greg Salibian/Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Anitta, 27, falou sobre as cobranças por um posicionamento político que a rondam, principalmente desde a última eleição para presidente, em entrevista publicada neste domingo (13) na revista Ela, do jornal O Globo.

De acordo com a cantora, à época das eleições que elegeram Jair Bolsonaro como presidente, ela não tinha amplo conhecimento político e, por isso, preferiu não se posicionar em um primeiro momento, apesar das cobranças por parte dos fãs para que ela aderisse à campanha Ele Não, da qual outros artistas de grande projeção no país participaram.

“Acho que falta às pessoas se colocarem no lugar dos outros. De que adiantaria eu subir uma hashtag, sumir e nunca mais tocar no assunto? Também acho que não teria o poder de mudar o destino das coisas se eu tivesse publicado. A longo prazo, consigo fazer com que meu público se engaje e aprenda a buscar informação”, disse ela à publicação.

“Fico um pouco magoada quando dizem que não me posicionava. Tinha 25 anos e vim de uma origem completamente humilde, e gente como nós, no Brasil, tem praticamente zero instrução política. Não me sinto envergonhada, mas não iria dar voz a algo que não entendia. Agora, estudei e sei o que estou falando. Não entro numa história sem conhecimento, só para acompanhar os outros.”

Desde então, Anitta tem estudado e já promoveu em suas redes sociais conversas sobre política com sua amiga Gabriela Prioli, advogada e colunista da Folha. Ela disse ainda acreditar que se posicionar hoje, no Brasil, é importante.

A opinião também tem relação com os ataques que a cultura tem sofrido no país nos últimos anos, o que ela considera uma imagem errada que as pessoas têm do entretenimento. Sobre o assunto, também o relacionou à pandemia, agradecendo por estar em um bom momento da carreira, o que a permitiu manter seus funcionários e ir à Europa para promover o single “Paloma”, parceria com o italiano Fred De Palma.

Na entrevista , Anitta também falou sobre sua bissexualidade e disse que a orientação sexual nunca foi um problema para sua família, que considera indiferente se ela está namorando com um homem ou com uma mulher. Ela disse que quando ficou com uma menina pela primeira vez, aos 13 anos, contou à sua mãe, que reagiu como se a novidade fosse “um grande nada”.

“Não tinha intenção de criar sensacionalismo em cima desse fato. Quero que enxerguem como algo corriqueiro. A gente não acorda e pergunta para alguém se é hétero”, afirmou ainda à publicação.

Na próxima sexta-feira, dia 18, Anitta lança mais uma parceria musical, “Me Gusta”. Dessa vez, ela canta ao lado do rapper porto-riquenho Myke Towers e de uma outra estrela internacional mantida em segredo, o que causou furor nas redes sociais neste fim de semana.

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