Cotidiano

Samu de Campina fará campanha para reduzir número de trotes

A campanha, que terá a participação voluntária de profissionais do próprio Samu, inclui a colocação de outdoors em pontos estratégicos da cidade, distribuição d

Com o slogan “Não brinque com o Samu/192. Diga não ao trote!”, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) da Prefeitura de Campina Grande estará realizando, a partir da próxima segunda-feira, 15, uma grande campanha para reduzir o número de trotes, que representaram, no ano passado, quase 70% do total de 198.674 ligações feitas para o serviço.

A campanha, que terá a participação voluntária de profissionais do próprio Samu, inclui a colocação de outdoors em pontos estratégicos da cidade, distribuição de bottons e panfletos com a população, adesivagem de veículos e palestras em escolas públicas e privadas da cidade, que serão feitas pela coordenadora do serviço, a médica Tatiana Medeiros.

Apesar dos apelos feitos por Tatiana Medeiros, alertando que os trotes causam estresse nos vídeofonistas do Samu, gastos desnecessários e prejuízos para quem realmente está precisando do atendimento, os números continuam crescendo. No ano passado, eles foram quase 10% maiores que em 2008, que registrou 121.743 trotes.

No dia 9 de abril do ano passado, por exemplo, o mesmo número de telefone celular foi usado 66 vezes para passar trotes para o 192, de acordo com os registros do sistema do Samu, que identifica todas as chamadas feitas. Em 31 de março, foram 110 trotes, originados de dois números de telefones diferentes.

Com a campanha, a coordenadora do Samu pretende chamar a atenção da população para que, no momento em que um trote é passado, alguém pode estar deixando de ser salvo. O maior problema do trote, segundo ela, é a obstrução das linhas telefônicas, que ficam sem ser utilizadas por quem realmente precisa do serviço.

O grande número de trotes passados ao Samu de Campina Grande chamou a atenção da mídia nacional e em 2007, o serviço foi tema de uma reportagem da revista Época, como o que mais recebeu trotes no país. Á época, depois de uma grande campanha, o número de trotes diminuiu, mas depois voltou a crescer, lamenta a coordenadora.

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