Um grupo de artistas paraibanos afirmam que vão entrar com ação popular por meio do Ministério Público para que seja apurado o suposto favorecimento a uma empresa pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) para contratação de artistas de fora da Paraíba para se apresentarem no Sabadinho Bom, em João Pessoa. O movimento, denominado “Calotinho Bom”, também acusa a prefeitura de não pagar aos artistas paraibanos.
Um protesto foi realizado nesse sábado (22), durante o Sabadinho Bom, na Praça Rio Branco, para chamar a atenção das autoridades para o descaso que Funjope vem praticando contra os músicos paraibanos.
A sambista Polyana Resende, uma das que encabeçaram protesto, ontem, disse que está havendo “calote pesado” contra os artistas na Paraíba.
De acordo com o Coletivo do Samba e os sambistas de João Pessoa, a Funjope está beneficiando uma única empresa para a realização do Projeto Sabadinho Bom. A empresa Anne Karolyne Comunicações monopoliza a contratação de músicos para se apresentarem no projeto. Eles informaram que essa empresa passou, inclusive, a fechar os contratos do Sabadinho Bom diretamente com os músicos, função que deveria ser realizada pela direção da Funjope.
Segundo o cantor paraibano Totonho, a Funjope fraudou seu cachê em um show realizado no dia 22 de fevereiro deste ano. Ele disse, que o seu grupo musical se propôs a tocar por R$ 3 mil naquela ocasião e o valor divulgado pela Prefeitura no Portal da Transparência é de R$ 7 mil. Além dessa denúncia, o sambista Potyzinho Lucena também denunciou que a Funjope estaria dando calote ou demorando no pagamento de cachê.