Economia

Cenário externo afeta Bolsa, que fecha abaixo dos 100 mil pontos

Mesmo assim, o real se manteve valorizado frente ao dólar, que fechou em queda de 0,33%, cotado a R$ 4,0910.

Cenário externo afeta Bolsa, que fecha abaixo dos 100 mil pontos

Outras moedas emergentes também ficaram em alta frente ao dólar, como o Peso argentino, Won sul-coreano e Baht tailandês. — Foto:Reprodução

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O cenário externo azedou o desempenho do mercado financeiro internacional nesta terça-feira (8), afetando também a Bolsa brasileira, cujo principal índice, o Ibovespa, fechou em queda de 0,59%, a 99.981 pontos, com giro financeiro de R$ 14,352 bilhões.
Desde 4 de setembro sem fechar abaixo dos 100 mil pontos, o índice começou operando em alta e se manteve assim boa parte do dia. Por volta das 15h, no entanto, o mercado brasileiro passou a operar no vermelho, se comportando como a maioria das Bolsas europeias e americanas.
O mau humor lá fora ocorreu em parte devido a nova tensão na disputa comercial entre China e Estados Unidos. Na segunda-feira (7), o secretário do comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, anunciou a inclusão de 28 empresas chineses à “lista suja” americana.
Empresas que ficam sob essa condição têm dificuldades em negociar com fornecedores americanos, uma vez que é exigido uma licença especial para a realização do comércio. 
A medida gerou uma escalada nas tensões com os chineses, apenas três dias antes da nova rodada de negociações, que deve iniciar na quinta-feira (10).
O dia também foi agitado pela fala do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), Jerome Powell, que sinalizou uma abertura para novos cortes de juros em meio aos riscos econômicos globais. 
Powell também afirmou que está chegando o momento de permitir que a carteira de ativos do Fed volte a se expandir.
Com esse cenário as Bolsas americanas operaram o dia todo no vermelho e fecharam o dia em queda. Os três principais índices S&P 500, Nasdaq e Dow Jones recuaram 1,56%, 1,67% e 1,19%, respectivamente.
Na Europa, a situação não foi diferente. As declarações emitidas pelo Reino Unido e pela União Europeia mostrou que as duas partes concordam que não haverá acordo sobre o brexit.
Uma fonte do governo britânico, ouvida pela agência de notícias AFP, afirmou que a chanceler alemã, Angela Merkel, advertiu o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, de que um pacto para a saída do Reino Unido do bloco europeu é “extremamente improvável”, a menos que Londres aceite manter a Irlanda do Norte em uma união alfandegária com a União Europeia. 
Para Londres, no entanto, a exigência faz com que um acordo seja “essencialmente impossível”, indicou a fonte, destacando que Boris afirmou a Merkel ter apresentado uma proposta razoável.
Nesse impasse, as bolsas europeias também encerraram o dia em queda, com o índice Dax (Alemanha) perdendo 1,05%, o CAC (França), 1,18%, e o britânico UKX, 0,76%.
No Brasil, o cenário político deu alento a Bolsa durante a maior parte do dia, com encaminhamento da discussão da cessão onerosa e com a definição da data de votação do segundo turno da reforma da Previdência, na semana do dia 22 de outubro.
O bom humor local, porém, não foi suficiente para segurar o pessimismo global. Mesmo assim, o real se manteve valorizado frente ao dólar, que fechou em queda de 0,33%, cotado a R$ 4,0910.
Outras moedas emergentes também ficaram em alta frente ao dólar, como o Peso argentino, Won sul-coreano e Baht tailandês.

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