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Dólar bate R$ 5,46 e renova máxima histórica

Às 11h26, a moeda norte-americana subia 0,53%, a R$ 5,4379.

Dólar bate R$ 5,46 e renova máxima histórica

O dólar opera em alta nesta quinta-feira (23), batendo R$ 5,46 logo na abertura — Foto:Reprodução

O dólar opera em alta nesta quinta-feira (23), batendo R$ 5,46 logo na abertura, renovando máximas históricas, com expectativas de mais um corte na taxa Selic pressionando a moeda brasileira.

Às 11h26, a moeda norte-americana subia 0,53%, a R$ 5,4379. Na máxima até o momento, chegou R$ 5,4683 – nova cotação máxima nominal (sem considerar a inflação) durante um pregão. Veja mais cotações.

Pouco depois da abertura, o Banco Central anunciou um leilão extraordinário de swap tradicional, o que amenizou o avanço do dólar. Foram vendidos todos os 10 mil contratos de swap cambial ofertados.

O BC fará ainda entre 11h30 e 11h40 desta quinta-feira leilão de até 10 mil contratos de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento 1º de junho de 2020.

Na quarta-feira, o dólar encerrou o dia a R$ 5,4092, em alta de 1,91%, marcando um novo recorde nominal de fechamento. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,4152. No mês, a moeda acumula alta de 4,10%. No ano, a valorização chegou a 34,90%.

Expectativa de corte nos juros
O viés de alta ocorre em meio a expectativas de corte de juros, que levantam preocupações sobre a entrada de fluxo nos mercados brasileiros.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse na segunda-feira que o cenário analisado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em sua última reunião — quando avaliou que tanto uma redução maior no juro quanto afrouxamentos monetários adicionais poderiam se tornar “contraproducentes” — mudou. Na ocasião, o BC cortou a Selic em 0,50 ponto percentual, a 3,75%.

O corte da taxa básica de juros a mínimas recordes sucessivas tem sido fator de pressão sobre o real, uma vez que reduz rendimentos locais atrelados à Selic, tornando o cenário brasileiro menos atraente para o investidor estrangeiro.

Um juro mais baixo coloca o Brasil — historicamente conhecido por suas altas taxas — em desvantagem competitiva em relação a outros emergentes na tentativa de atrair fluxo de capital para a renda fixa. Esse desestímulo fica mais evidente uma vez que o Brasil há tempos deixou de ser grau de investimento pelas principais agências de classificação de risco.

Em 2020, o fluxo cambial ao Brasil está negativo em US$ 12,878 bilhões. No mesmo período de 2019, havia superávit de US$ 1,295 bilhão, destaca a Reuters.

“O mercado está antecipando uma saída de dólar ainda mais profunda”, avalia Helena Veronese, economista-chefe na Azimut Brasil Wealth Management.

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