Economia

Estudo revela China como o quarto maior parceiro comercial do NE

Maranhão e Bahia destacam-se como os maiores exportadores, enquanto Ceará, Paraíba, Pernambuco e Bahia formam o grupo que mais importa […]

Maranhão e Bahia destacam-se como os maiores exportadores, enquanto Ceará, Paraíba, Pernambuco e Bahia formam o grupo que mais importa produtos chineses

João Pessoa(PB), 6 de outubro de 2008 – A China mais perto do Nordeste que nunca. Pelo menos em termos comerciais. Essa é a conclusão do artigo "A dinâmica recente das trocas comerciais entre a China e a Região Nordeste do Brasil", divulgado na edição número 17 da revista BNB Conjuntura Econômica do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), já disponível no endereço: http://www.bnb.gov.br/projwebren/Exec/rcePDF.aspx?cd_rce=19. De autoria do professor-doutor e pesquisador Carlos Américo Leite, da professora-doutora Maria Cristina Pereira e do mestrando em Economia Alexandre Weber Aragão, a pesquisa mostra como a China trocou, em cinco anos, um papel coadjuvante pelo posto de quarto maior parceiro nas transações comerciais com a Região .

Segundo levantamento realizado pelos autores, no período de 2002 a 2006, o fluxo de negócios entre o Nordeste e a China foi puxado por um forte incremento no volume de exportações de produtos brasileiros, quadro que se inverteu em 2007, quando as compras provenientes da China ultrapassaram o montante de vendas para aquele país. Os fatores apontados como causas para a mudança foram a valorização do real e o crescimento da demanda doméstica brasileira.

O artigo destaca também a Bahia e o Maranhão como responsáveis por 96% do volume total de exportações da Região. Segundo os autores, os estados são grandes produtores de bens intermediários, setor que teria apresentado expressiva expansão no mercado consumidor chinês. A pauta exportadora nordestina, ressalta a pesquisa, compreende setores tradicionais da Região, com ênfase na venda de sementes, frutos, forragem, grãos e plantas medicinais entre 2005 e 2006; e minérios e cobre em 2007.

No que diz respeito às importações, os pesquisadores constataram que o Nordeste aumentou a diversificação dos produtos adquiridos, concentrando, apesar disso, suas compras no setor de caldeiras, máquinas e equipamentos mecânicos e elétricos. O grupo dos grandes compradores é formado pelos estados da Bahia, Ceará, Paraíba e Pernambuco, que juntos respondem por 93% desse tipo de negociações com os chineses.

Segmento calçadista
Para o setor de calçados, a pesquisa aponta algumas conclusões a partir da análise da balança comercial dos estados do Ceará, Paraíba e Bahia. A compra de calçados esportivos, por exemplo, ajudou a transformar a Paraíba no maior importador regional de produtos oriundos da China, sugerindo, inclusive, um processo de substituição da produção local do produto e especialização na produção de calçados manufaturados de matéria sintética de baixo valor .

Em contrapartida, foi também devido à produção de manufaturados de couro que os baianos se destacaram no período analisado como os grandes exportadores da Região. O estudo indica um aumento significativo das vendas do produto na pauta externa do estado, com o incremento no valor unitário ao longo dos anos. No caso dos calçados sintéticos, as vendas baianas apresentaram recuo no ano de 2006, voltando a crescer no ano seguinte sem, contudo, retomar o patamar anterior.

Em relação ao estado do Ceará, o estudo também revela um aumento expressivo nas importações de calçados sintéticos. Porém, ao contrário do que supõem acontecer aos paraibanos, os pesquisadores não acreditam que tenha havido uma substituição da produção local cearense. Para eles, o aumento das vendas estaduais desse tipo de calçado pode revelar uma especialização da indústria do Ceará em determinados itens do segmento.

Fonte: Assessoria

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