TCU

Governo pode abrir crédito extraordinário para ajudar vítimas de desastres

O posicionamento do tribunal foi dado em resposta a uma consulta feita pelo Ministério da Integração Nacional.

Governo pode abrir crédito extraordinário para ajudar vítimas de desastres

Tribunal de Contas da União (TCU) analisa consulta acerca da abertura de créditos extraordinários e esclarece questões formuladas pelo Ministro da Fazenda. — Foto:VozdoXingu

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu hoje que o governo federal pode abrir crédito extraordinário por meio de medida provisória para ações de socorro, assistência às vítimas e restabelecimento de serviços essenciais e recuperação de cenários de desastres. 

Segundo o relator da matéria, ministro Bruno Dantas, situações de desastres colocam a administração diante da necessidade de executar despesas imprevisíveis, seja pela excepcionalidade do evento, seja pela dimensão das suas consequências.

“Nesse cenário, também é inegável a urgência de medidas de assistência e reparação, pois a demora em executar as ações necessárias pode ensejar danos irreparáveis aos envolvidos. Sendo assim, é plenamente justificável a abertura de crédito extraordinário em situações dessa natureza, por estarem atendidos os requisitos de imprevisibilidade e urgência”, disse Dantas.

No entanto, o ministro criticou o fato de o governo recorrer constantemente ao TCU para fazer esse tipo de questionamento. Recentemente, o TCU havia respondido a outras consultas do governo. A primeira tratava da abertura de créditos extraordinários para transferir recursos da União para garantir a segurança pública durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro. O tribunal também determinou que o governo pode usar o mesmo recurso para o pagamento de despesas da Justiça do Trabalho.

“Ao atrair a análise dos requisitos para a utilização de créditos extraordinários para o rol de critérios que podem ensejar a emissão de parecer desfavorável no âmbito das contas de governo, este tribunal causou a preocupação quanto à possibilidade de a utilização de medida deste jaez acarretar a censura por esta corte de Contas”, afirma Dantas.

Ele lembrou que o tribunal, ao avaliar as contas da presidenta Dilma Rousseff de 2015, incluiu no rol das irregularidades a abertura de créditos extraordinários por meios de medidas provisórias. “Remanescem dúvidas por parte de membros desta Corte, entre os quais me incluo, sobre a própria competência do Tribunal de Contas da União para apreciar a matéria em questão”, disse o ministro.

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