Economia

Guedes critica o FMI e diz que gostavam de vir ao Brasil para ‘comer feijoada’

Guedes participou de audiência pública na Câmara dos Deputados para tratar de recursos para garantir o acesso à internet por alunos e professores da rede pública de ensino.

Guedes critica o FMI e diz que gostavam de vir ao Brasil para 'comer feijoada'

Ele foi questionado sobre a declaração sobre o FMI e, então, repetiu a declaração. — Foto:Reprodução

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) — O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a criticar nesta quinta-feira (12) o FMI (Fundo Monetário Internacional) e as previsões da entidade, que chegou a estimar uma queda de mais de 9% no PIB (Produto Interno Bruto) do país no ano passado.

“Eu não dou muita bola para o FMI, não. Eu conheço o FMI desde que eu era jovem. Eles vinham aqui. Eles gostavam muito de goiabada, feijoada, futebol. Eles adoravam vir ao Brasil. E ficavam assinando acordos que nós nem cumprimos e eles também não estavam muito interessados se nós íamos cumprir ou não”, afirmou o ministro.

Guedes participou de audiência pública na Câmara dos Deputados para tratar de recursos para garantir o acesso à internet por alunos e professores da rede pública de ensino.

Ele foi questionado sobre a declaração sobre o FMI e, então, repetiu a declaração.

“Quanto à feijoada do FMI, eu me referi à forma pouco séria de tratar os acordos. Eu não fiz acordo nenhum. Nunca. Acordo nenhum com o FMI. Eu era um economista jovem observando a falta de seriedade no cumprimento de acordos de parte a parte. Eram acordos antes mesmo do regime democrático, no do general Figueiredo”, respondeu o ministro.

Ao lembrar desse período, Guedes disse que os acordos não eram cumpridos por causa dos dois lados. E reforçou: “O FMI gostava realmente da feijoada e da goiabada aqui, e dos jogos de futebol que eles vinham assistir no Brasil.”

No ano passado, o ministro criticou a projeção do FMI que estimava um tombo de mais de 9% no PIB por causa da pandemia. O PIB em 2020 recuou 4% – uma queda menor que em países desenvolvidos, como Inglaterra e França.

“O FMI fez uma lambança”, afirmou ele. “O FMI veio ao Brasil. E eu descredenciei a missão”, completou.

Para 2021, o FMI revisou, em julho, a projeção do PIB, passando de crescimento 3,7% para uma expansão de 5,3% da economia brasileira. Esse cenário está em linha com o esperado pelo mercado financeiro.

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