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Ibovespa recua e dólar ronda R$ 4,80 após dados de emprego nos EUA

Relatório Payroll indicou que economia estaria aquecida o suficiente para o Federal Reserve ser mais agressivo em altas de juros.

Ibovespa recua e dólar ronda R$ 4,80 após dados de emprego nos EUA

O Banco Central informou dará início nesta sexta-feira a operações de swap para fins de rolagem do vencimento de 1° de agosto de 2022, começando com a venda de 15 mil contratos nesta sessão. — Foto:Reprodução

O dólar subia 0,20%, cotado a R$ 4,798, por volta das 10h19 desta sexta-feira (3), com os investidores repercutindo a divulgação do relatório Payroll de geração de vagas de empregos não-agrícolas nos Estados Unidos.

No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,65%, aos 111.659 pontos, prejudicado pela visão mais pessimista dos investidores e temores de uma possível recessão nos Estados Unidos, aumentando a aversão a riscos e retirando investimentos de mercados considerados mais arriscados.

O documento informou que foram abertas mais vagas que o esperado em maio, enquanto a taxa de desemprego se manteve em 3,6%. Investidores consideram que isso sinalizaria uma economia aquecida o suficiente para o Federal Reserve ser mais agressivo no ciclo atual de alta de juros, o que beneficiaria o dólar.

O Fed já sinalizou que pretende realizar altas de 0,5 ponto percentual nos juros nas reuniões de junho e julho, com o presidente da autarquia descartando elevações maiores. Além disso, diretores têm dado sinais contrários a uma pausa no ciclo em setembro.

O Banco Central informou dará início nesta sexta-feira a operações de swap para fins de rolagem do vencimento de 1° de agosto de 2022, começando com a venda de 15 mil contratos nesta sessão.

Na quinta-feira (3), o dólar caiu 0,42%, a R$ 4,786. Já o Ibovespa fechou em alta de 0,93%, aos 112.392,91 pontos.

Sentimento global

O mês de maio teve uma forte aversão global a riscos desencadeada por temores sobre uma possível recessão generalizada devido a uma série de altas de juros pelo mundo para conter a inflação, que tendem a desacelerar a economia global.

A principal ocorreu nos Estados Unidos, anunciada pelo Federal Reserve em 4 de maio. Apesar de descartar altas de 0,75 p.p. ou um risco de recessão, a autarquia sinalizou ao menos mais duas altas de 0,5 p.p.

Os juros maiores nos Estados Unidos atraem investimentos para a renda fixa do país devido a sua alta segurança e favorecem o dólar, mas prejudicam os mercados de títulos e as bolsas ao redor do mundo, inclusive as norte-americanas.

Por outro lado, com o fim do lockdown na cidade chinesa de Xangai e alívio nas restrições na capital Pequim, a expectativa é que a demanda chinesa retorne aos níveis anteriores, o que voltou a favorecer exportadores de commodities e aliviou uma parte das pressões sobre o real.

Ao mesmo tempo, a confirmação da contração da economia dos Estados Unidos no primeiro trimestre reforçou a visão de que o Fed não deverá ser tão agressivo na alta de juros quanto o previsto anteriormente. Com as duas novidades, o Ibovespa e o real encontraram espaço para valorização. Qualquer mudança nessa percepção, porém, prejudica os dois.

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