Economia

Inflação da indústria cede em novembro, mas alta em 12 meses é de 28,86%

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O órgão é o responsável pela pesquisa.

Inflação da indústria cede em novembro, mas alta em 12 meses é de 28,86%

No acumulado de 12 meses, até novembro, as quatro maiores variações ocorreram em refino de petróleo e produtos de álcool (80,13%), outros produtos químicos (60,69%), metalurgia (48,87%) e madeira (39,77%). — Foto:Reprodução

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) — A inflação de mercadorias usadas na indústria teve variação de 1,31% em novembro de 2021, mostram dados do IPP (Índice de Preços ao Produtor). O resultado sinaliza uma desaceleração frente a outubro, quando a alta havia sido de 2,26%.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O órgão é o responsável pela pesquisa.

O IPP também voltou a perder fôlego no acumulado de 12 meses, mas ainda registra disparada de 28,86%. Nessa base de comparação, novembro foi o quinto mês seguido em desaceleração, com o menor valor desde fevereiro de 2021 (28,50%), conforme o IBGE. O acumulado era de 28,95% até outubro.

O indicador mede a variação dos preços de produtos na “porta de entrada das fábricas”, sem efeito de impostos e fretes. Ou seja, capta os valores de mercadorias usadas nas linhas de produção. No acumulado do ano de 2021, até novembro, o IPP registra avanço de 28,36%.

A pesquisa avalia 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação. Desse total, 17 tiveram variações positivas nos preços em novembro.

A maior influência para a alta do índice no mês veio de refino de petróleo e produtos de álcool. A atividade teve impacto de 0,71 ponto percentual e avanço de 6,63%. Outros produtos químicos, com peso de 0,47 ponto percentual e elevação de 4,9%, aparecem na sequência.

Segundo o gerente da pesquisa do IPP, Manuel Campos Souza Neto, os setores com maiores impactos no IPP de novembro sentiram reflexos do comércio internacional.

No acumulado de 12 meses, até novembro, as quatro maiores variações ocorreram em refino de petróleo e produtos de álcool (80,13%), outros produtos químicos (60,69%), metalurgia (48,87%) e madeira (39,77%).

Os setores com maiores influências no acumulado foram refino de petróleo e produtos de álcool (6,44 pontos percentuais), outros produtos químicos (4,86 pontos percentuais), alimentos (3,73 pontos percentuais) e metalurgia (3,15 pontos percentuais).

Ao longo da pandemia, a indústria passou a sofrer com a escassez de insumos. A oferta reduzida fez os preços subirem. O dólar alto e a valorização de commodities também ajudaram a encarecer as mercadorias usadas pelas fábricas.

Mesmo com a reabertura da economia, o setor industrial dá sinais de perda de fôlego no Brasil. Afetada pela escassez de insumos e pelo aumento de custos, a produção industrial caiu 0,6% em outubro, na comparação com setembro, segundo o IBGE. Foi a quinta retração consecutiva do setor, o que não ocorria desde 2015.

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