Economia

No exterior, Bolsas têm pior semana do ano com guerra comercial

Além da piora no cenário global, Hong Kong vive uma onda de protestos contra a extradição à China. Com as perdas, os índices de Estados Unidos, Europa e China voltaram aos patamares de junho.

No exterior, Bolsas têm pior semana do ano com guerra comercial

No Brasil, o Ibovespa subiu 0,54%, a 102.673 pontos. O giro financeiro foi de R$ 17,4 bilhões, acima da média diária para o ano. Na semana, o índice tem leve queda de 0,14%, quarto recuo seguido. — Foto:Reprodução

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O anúncio de que a China pretende retaliar o aumento de impostos a suas exportações por parte dos americanos piorou o cenário para o mercado financeiro nesta sexta-feira (2). O índices S&P 500 e Nasdaq da Bolsa de Nova York tiveram mais um pregão de queda que culminou na pior semana do ano, com 3,1% e 3,92%, respectivamente, de queda no período.

A Bolsa de Hong Kong também teve sua maior queda semanal, com recuo de 5,2% no período. Além da piora no cenário global, Hong Kong vive uma onda de protestos contra a extradição à China. Com as perdas, os índices de Estados Unidos, Europa e China voltaram aos patamares de junho.

No Brasil, o Ibovespa operou destoado do mercado pelo segundo pregão seguido e subiu 0,54% com a forte alta da Petrobras, que anunciou lucro recorde na véspera.
Já o dólar sucumbiu a pressão desfavorável aos emergentes e teve alta de 1,160%, a R$ 3,8930, maior patamar desde junho. Na semana, a moeda americana acumula alta de 3,18%, segunda maior valorização semanal do ano.

Dentre os emergentes, o real é uma das divisas que mais se desvalorizou na semana, atrás apenas do peso colombiano, do peso argentino e do rublo russo.

Na quinta (1º), assim que Donald Trump anunciou tarifas de 10% de R$ 1,1 trilhão de importações chinesas a partir de setembro, as Bolsas inverteram o viés de alta. Commodities também foram pressionadas e o petróleo chegou a cair 6%. Nesta sexta, o barril do brent teve leve recuperação, com alta de 2%, a US$ 61,8.

O mesmo não aconteceu com as principais Bolsas de valores. Com a resposta chinesa de adotar as contramedidas necessárias, a Bolsa de Hong Kong e o índice CSI 300, que reúne as Bolsas chinesas de Xangai e Shenzhen, recuaram 2,35% e 1,47%, respectivamente, para os menores patamares desde junho. A bolsa japonesa teve queda de 2,1%. 

Na Europa, Londres recuou 2,34%, Paris, 3,57% e Frankfurt, 3,12%. Nos Estados Unidos, Dow Jones recuou 0,37%, S&P 0,75% e Nasdaq 1,32%, também para os menores patamares desde junho.

Outro dado que pressionou as Bolsas americanas foi o diagnóstico do mercado de trabalho nos Estados Unidos em julho. Foram criadas 164 mil vagas de emprego no mês, em linha com a previsão dos economistas, mas com desaceleração em relação a junho, quando foram criadas 193 mil vagas.

A taxa de desemprego permaneceu em 3,7%, menor patamar em quase 50 anos. Os números positivos sustentam a visão do Fed, banco central americano, de que mais cortes na taxa de juros não são necessários, pois o quadro da economia dos Estados Unidos permanece bom.

Para analistas, a nova ofensiva de Donald Trump é, justamente, uma pessão ao Fed por juros mais baixos. Um dos motivos que levou o banco a cortar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual nesta semana foi a guerra comercial e suas consequências, com a desaceleração da economia.

“Se tudo ocorrer como o Trump planeja, o Fed vai ser forçado a reduzir juros, os ativos vão se recuperar ao longo do tempo. Então, em 2020, Trump chegará na eleição com economia melhor, mercados otimistas, afinal taxa de juros baixas impulsiona as bolsas, e um possível acordo comercial sendo feito com a China no ano da eleição de modo a ser utilizado como trunfo eleitoral”, diz relatório da Rico Investimentos.

No Brasil, o Ibovespa subiu 0,54%, a 102.673 pontos. O giro financeiro foi de R$ 17,4 bilhões, acima da média diária para o ano. Na semana, o índice tem leve queda de 0,14%, quarto recuo seguido.

A Petrobras teve a maior alta do dia, após anunciar lucro de R$ 18,9 bilhões. As ações preferenciais, mais negociadas, da companhia chegaram a subir 5% durante o pregão, mas fecharam em alta de 3,6%, a R$ 26,52. As ordinárias, com direito a voto, bateram alta de 4,9%, mas encerraram com valorização de 3%, a R$ 29,21.

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