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Paraíba mantém produção de cana-de-açúcar em alta

Paraíba se destaca em relação à produção de outros estados

Paraíba mantém produção de cana-de-açúcar em alta

Estado sai na frente e mantém a média da produação — Foto:reproduaçaão

A produção de cana-de-açúcar na Paraíba vem mantendo a média e apresentando indicadores positivos nas últimas três safras, diferente dos demais estados produtores da região que tiveram decréscimo de produção neste mesmo período. A atual safra 2017/2018, que começou em julho de 2017 e foi encerrada agora em abril, contabilizou um resultado final de 5.764,26 milhões de toneladas de cana processada. Esses dados são referentes ao somatório de cana de fornecedores ligados a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) ao volume dos acionistas de indústrias sucroalcooleiras locais. Na safra passada (2016/2017) a produção paraibana ficou em 5.053.312 toneladas de cana, enquanto a de 2015/2016 fechou em 5.737.280 toneladas.

Das 5.764,26 milhões de toneladas de cana processada na atual safra, nas oito indústrias da Paraíba, os fornecedores ligados a Asplan responderam pelo volume de 3.416.271,70 toneladas, sendo o restante da produção correspondente a cana própria de usinas. Das oito unidades industriais, apenas a São João não moeu cana de fornecedores paraibanos nesta safra, as demais Agroval, Japungu, Miriri, Monte Alegre, Giasa, Tabu e D’Pádua, mesclaram o processamento de cana própria com matéria-prima dos fornecedores ligados a Asplan. Outras duas unidades fora da Paraíba também absorveram a produção local que foram a Olho D’água, em Camutanga (PE) e Baia Formosa, em Baia Formosa (RN).

 “A Paraíba conseguiu manter a média de produção nas últimas safras porque tanto os fornecedores, quanto os industriais investiram em sistemas de irrigação e por isso os efeitos da seca prolongada não foram tão devastadores como em outras regiões produtoras do Nordeste, a exemplo de Pernambuco e Alagoas”, argumenta o presidente da Asplan, José Inácio de Morais. Ainda segundo o dirigente canavieiro, outro fator que pode ter contribuído para o registro positivo de safra na Paraíba é que alguns fornecedores de Pernambuco direcionaram parte de sua produção para a Giasa e outros produtores do Rio Grande do Norte também moeram cana na Pemel. José Inácio lembra que a destinação de cana produzida na Paraíba para usinas de PE e RN não foram contabilizadas como safra na Paraíba, o que evidencia que a produção no estado foi ligeiramente maior que 5,7 milhões de toneladas.

Mas, apesar de manter a média da produção, José Inácio reitera que o lucro da atividade na atual safra ficou comprometido em função da redução de preço, algo em torno de 25%, resultando em frustração de expectativa da classe produtiva. “A remuneração paga pela tonelada da cana não cobriu os custos de produção já que para termos uma boa lucratividade a tonelada deveria estar em torno de R$ 100,00, mas a média desta safra ficou em R$ 76,00, muito abaixo do que esperávamos e distante do que foi pago na safra de 2016, cujo valor ficou em R$ 103,00”, afirma o dirigente canavieiro.

Para efeito de classificação do produtor canavieiro, denomina-se como micro produtor quem produz até 1000 toneladas/safra. Os pequenos produzem entre 1000 e 5 mil toneladas. Os médios se classificam entre quem produz de 5 a 10 mil toneladas, enquanto que é considerado grande produtor quem fornece acima de 10 mil toneladas. Na Paraíba, quase 80% dos fornecedores de cana associados da Asplan são considerados micro produtores. Os grandes representam apenas cerca de 3% do universo de fornecedores ligados à Associação. 

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