Economia

‘Saída fácil é furar o teto. Nós não faremos isso’, diz Paulo Guedes

Regra do teto de gastos define que despesas da União não podem superar inflação do ano anterior. Instituição Fiscal Independente vê 'risco elevado' de governo furar limite.

'Saída fácil é furar o teto. Nós não faremos isso', diz Paulo Guedes

Guedes deu a declaração em um evento organizado pela revista "Exame". — Foto:Reprodução

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (18) que a “saída fácil” é furar a regra do teto de gastos, mas que o governo não fará isso porque seria “irresponsabilidade com as futuras gerações”.

Guedes deu a declaração em um evento organizado pela revista “Exame”.

A emenda constitucional do teto de gastos foi promulgada em 2016, vale por 20 anos e prevê que os gastos da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) não podem crescer acima da inflação do ano anterior.

Nesta terça (17), a Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado, divulgou um relatório no qual afirmou que a retomada da economia brasileira será “lenta” e com “risco elevado” de rompimento do teto de gastos em 2021.

“Enquanto o Brasil não tiver a coragem de enfrentar esse problema de indexação automática de despesas, onde a classe política não controla 96% dos orçamentos, nós não podemos sonhar em abrir mão dessa bandeira do teto”, disse Guedes nesta quarta.

“O teto foi colocado lá sem paredes. Colocaram o teto, mas não havia paredes, que são as reformas. E o pior, com um piso que sobe o tempo inteiro, espremendo os gastos do governo contra o teto. A saída fácil é furar o teto. Nós não faremos isso. Isso é uma irresponsabilidade com as futuras gerações”, completou o ministro.

Segundo Paulo Guedes, o governo vê o ano de 2021 como um ano de “forte recuperação cíclica”. De acordo com o ministro, a economia brasileira deve crescer no ano que vem “entre 3% e 4%”.

‘Ideia’ de furar o teto

Em 13 de agosto deste ano, o presidente Jair Bolsonaro disse que a ‘ideia” de furar o teto “existe” e que “o pessoal debate”, emendando: “Qual o problema?’.

Um dia antes, no entanto, em 12 de agosto, Bolsonaro havia defendido a responsabilidade fiscal e afirmado que o teto de gastos era o “norte” do governo.

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