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Alunos de escola estadual foram impactados com os painéis do IV HackFest

Cerca de 40 alunos do 1º ano do ensino médio ouviram atentamente as lições de vida de um dos painéis.

Alunos de escola estadual foram impactados com os painéis do IV HackFest

O HackFest 2018 encerrou suas atividades neste domingo na Estação Cabo Branco — Foto:Reprodução

Alunos da Escola Estadual Integral Cidadão Daura Santiago Rangel, do bairro do José Américo, foram impactados com os painéis do IV Hackfest, que foi encerrado na tarde deste domingo (19), na Estação das Artes, em João Pessoa.

Cerca de 40 alunos do 1º ano do ensino médio ouviram atentamente as lições de vida de um dos painéis, mediado pelo auditor fiscal da Receita Estadual, Leonardo Casto Moreira.  

‘Canal da Mancha, um desafio que transforma’ foi o primeiro relato do painel, apresentado pelo ex-atleta e treinador Igor Sousa, que contou como foi o desafio de cruzar o Canal da Mancha, após perder a sua amiga e companheira de treinos, Renata Agondi, na travessia. Igor tomou para si o desafio, alcançado em 1996. Mesmo com o clima desregulado em decorrência do El Niño, um de seus anos mais difíceis e com água em 11°C de temperatura, ele conseguiu fazer a travessia no sentido Inglaterra – França em 11h06min e fazer o trajeto de volta em tempo recorde de descanso (alguns minutos).

Os resultados ao longo de sua carreira no Canal o levaram ao Hall da Fama da Natação Internacional. Atualmente, Igor de Souza faz parte do time de profissionais que dirige a equipe brasileira de maratonas aquáticas e treinar atletas anualmente para a travessia do Canal da Mancha. 

A fórmula do sucesso relatada pelo ex-atleta é composta por foco e comprometimento, além de muitas horas de treino e disciplina.  

 Mas foi com a fala de um dos fundadores do projeto “Code for Brazil”, Stephan Rodrigues Garcia, que contagiou de vez os estudantes do Daura Santiago Rangel. 

O painel “Cidadão 3.0, um cidadão do futuro para o governo do século XXI” foi apenas o pano de fundo para mostrar a história de superação, que Stephan vivenciou. 

De infância difícil e abandonada pelos pais aos nove anos de idade e outro tanto de vida passado em uma das unidades de abrigo de menores no Paraná. O seu empenho nos cursos de informática e no valor do trabalho com perseverança e sacrifícios até a conclusão de cada etapa nos nove anos de internato foram decisivos para o futuro que o esperava do profissional, referência em ideias inovadoras de tecnologias para governança da sociedade civil. 

Após sair do internato, foi em busca da mãe, mas não a encontrou. Resultado: foi parar nas ruas por cinco anos. O resgate veio por um programa assistencial da prefeitura de Curitiba, que possibilitou voltar a ter dignidade e mostrar todo o seu potencial de programador de informática.

De um simples estagiário no setor de informática da prefeitura chegou ao topo da carreira, aprendeu vários idiomas, inclusive o russo, e ao desenvolver da profissão engajamento social com informática lidera no Brasil uma das entidades mundiais que coloca o ativismo do cidadão com o potencial da internet como forma de trazer soluções para a sociedade. 

Graduado em Tecnologia em Processos Gerenciais pela Faculdade de Tecnologia Internacional e com MBA em Marketing pelo Instituto Brasileiro de Pós-Graduação e Extensão, Stephan Rodrigues Garcia, que sofreu buylling na infância e adolescência por nomes semelhante ao de mulher, quis encerrar a sua palestra falando especialmente aos estudantes do ensino médio do Daura Santiago.   

 “Eu não sei o que vocês já passaram, eu não sei o que vocês viveram, mas eu acredito na geração de vocês. Eu acredito que vocês vão fazer coisas lindas. Eu acredito que vocês serão vitoriosos. Às vezes, a vitória passa despercebida, pois é anônima porque você fez a diferença na vida de uma única pessoa. Contudo, se cada um de nós puder mudar a vida de uma única pessoa todos nós pudemos mudar o Brasil. Por isso, cidadã e cidadão brasileiro eu acredito em você para mudar este país”, finalizou Stephan com muitos aplausos e assovios dos alunos e participantes do painel.

Para a estudante do 1º ano do ensino médio da Escola Integral Cidadã Daura Rangel Santiago, Pablícia da Silva Bastos, as palestras foram muito impactantes. 

“A palestra de Stephan Rodrigues Garcia, que contou a sua história de vida, por exemplo, foi mais forte, pois conseguir me identificar com ela por ter passados por coisas semelhantes. Mesmo vivendo em um país degradado e sem esperança como o nosso, encontramos ainda pessoas que acreditam nas pessoas e em nossa geração para mudar este país. Foi muito contagiante e impactante o Hackfest”, declarou Pablícia, que têm dificuldades nas pernas para locomoção.

Já o aluno também do ensino médio do Daura Santiago, Keityson Justino da Costa, viu na sua ida ao Hack Fest uma espécie de “grande sala de aula prática e diferente” como forma de aprendizagem, pois ela trouxe lições inesquecíveis de superação e de determinação com profissionais que superaram seus limites. “Com essa aula diferente e prática passei também a me identificar com um pouco de cada uma de suas histórias de vida. Contudo, a principal lição foi a preocupação com próximo, mesmo o país vivendo esse caos. Isso me tocou bastante”, confessou.

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