Concurso do TCE-PB

Candidatos não devem escrever texto opinativo e precisam esgotar as 30 linhas

Por ser uma dissertação expositiva, a professora salienta que não pode haver nenhuma marca de opinião no texto, nenhum cunho opinativo

A conclusão no texto é dispensável, assim como as opiniões do candidato — Foto:Reprodução

As provas do concurso para provimento de cargos no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) serão aplicadas no próximo fim de semana e a banca responsável pelo certame, o Cespe, tem uma série de especificações a serem atendidas na redação. A conclusão no texto é dispensável, assim como as opiniões do candidato.

Saiba mais dicas:

A tendência da banca Cespe, nesse tipo de texto, é que se tenha uma introdução, mas não tenha uma conclusão, dispensável nesse tipo de texto. Normalmente, o último tópico que a banca traz na prova discursiva já é o fechamento do assunto. Segundo a professora Adriana Figueiredo, se o aluno perder linhas para redigir um parágrafo de conclusão, ele pode perder pontos no seu desenvolvimento, porque a banca vai entender que ele não desenvolveu suficientemente, portanto ele está enrolando, criando um parágrafo conclusivo. 

“Por isso a dica que eu dou, normalmente, é antes do último tópico, no último parágrafo, o aluno colocar um ‘finalmente’, vírgula, ‘por fim’, vírgula; então, digamos, ele tem que falar de três tópicos, a, b e c, então, a discursiva dele vai ter quatro parágrafos, um para uma pequena introdução, que é a apresentação do tema, e um para cada resposta a cada item. No último, aconselha-se que ele traga um conector conclusivo: ‘finalmente’, vírgula; ‘por fim’, vírgula. Indicando ao examinador que a discursiva dele está terminando ali”, alertou a professora.
O ideal é que o aluno esgote as 30 linhas desenvolvendo os tópicos, já que a conclusão na banca Cespe é dispensável.

Conectivos são essenciais

Contudo, embora a banca dispense a formalidade da redação, a conexão entre os parágrafos é fundamental, para que eles juntos possam formar um texto. O conselho da professora Adriana é que ao fazer seu roteiro, o aluno já busque nos tópicos uma conexão entre eles, observando se eles se somam, se eles se opõem, a relação semântica entre eles para prever os conectivos necessários.

“Não é uma simples resposta aos comandos da banca, é um texto, e por isso deve haver elementos de coesão, e a coesão indispensável é a coesão entre os parágrafos”, alertou.

Sem opinião

Por ser uma dissertação expositiva, a professora salienta que não pode haver nenhuma marca de opinião no texto, nenhum cunho opinativo. Para garantir isso, é bom o aluno citar a fonte das afirmações feitas no texto, cite a lei embora não precise citar o artigo, trazer doutrinadores, autores, sempre mostrando que o que está no texto não é a opinião do candidato. 

“Em uma redação comum, as citações são opcionais, mas em um texto expositivo, é essencial que ele traga o testemunho de autoridade, ele diga qual foi o autor que disse aquilo ou qual a lei. É isso que vai fazer com que o texto dele seja expositivo e não argumentativo”, disse a professora Adriana. 

Ela orienta que o texto tem que ser escrito usando apenas a terceira pessoa, nunca a primeira pessoa. “Em vez de dizer ‘atualmente nós vemos’, ele vai dizer ‘atualmente vê-se’, por exemplo”, exemplificou.

Parágrafo com apenas uma frase é erro de paragrafação 

Sobre a estrutura, destaque para a informação de que não é preciso colocar título na redação, e em relação aos parágrafos, ela deu dicas importantes, sobretudo quanto ao número de períodos em cada parágrafo. “Cada parágrafo deve ter pelo menos dois períodos, um, em que o candidato reescreve a pergunta da banca e o outro em que ele fundamenta. Um erro de paragrafação, para o Cespe, é um parágrafo com apenas um período, uma única frase. Isso é o que a gente chama de erro de paragrafação. 

Segundo a professora, isso significa que o aluno não apresentou e fundamentou de maneira organizada. Sendo cada parágrafo com ao menos dois períodos, um deles será para a reescritura do tópico que a banca forneceu. “Digamos, a banca pede ‘as competências do juiz x’. Aí ele começa: ‘As competências do juiz x são cinco’, ponto. Depois, ele fundamenta”, esclareceu. 

Segundo ela, no caso da banca Cespe, quando o aluno não repete o que a banca pede, o candidato corre o risco de não ser objetivo, de não estar atendendo à demanda da banca, você corre o risco de fugir ao assunto. “Às vezes o aluno está com tanto medo de repetir aquelas palavras, que fala uma coisa diferente. Quando são termos técnicos é muito difícil que você tenha sinônimos perfeitos. Então, o candidato não corre risco nenhum se ele repetir as palavras, muito pelo contrário, isso significa que ele está sendo objetivo e está atendendo diretamente às solicitações da banca”, disse.

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