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Presidente do PSC na Paraíba diz que oposição vai discutir liderança no Estado e adianta: tendência é PSC apoiar Bolsonaro

Marcondes Gadelha explicou que ainda não sabe quem irá comandar a oposição na Paraíba. A tendência do PSC na Paraíba é apoiar Jair Bolsonaro para presidente da República.

Presidente do PSC na Paraíba diz que oposição vai discutir liderança no Estado e adianta: tendência é PSC apoiar Bolsonaro

Após derrota, presidente do PSC na Paraíba diz que oposição vai discutir liderança no Estado e adianta: tendência é apoiar Bolsonaro — Foto:Walla Santos/ClickPB

A tendência do PSC na Paraíba, que marchou com a candidatura de Lucélio Cartaxo (PV) para o Governo do Estado, é apoiar Jair Bolsonaro para presidente da República, no segundo turno das eleições. A instância nacional do PSC deve se reunir esta semana.  

“Conversei com o presidente do partido e sinto uma tendência muito forte em favor de Bolsonaro, mas nós vamos ter ainda uma reunião da Comissão Executiva essa semana. Estou indo para lá amanhã para uma reunião da Comissão Executiva, onde nós vamos deliberar em conjunto”, disse Marcondes Gadelha, presidente do PSC na Paraíba. “Só na quinta-feira, nós anunciaremos a posição do partido. Mas sinto uma tendência forte em favor de Bolsonaro”, afirmou.

Ele explicou que ainda não sabe quem irá comandar a oposição na Paraíba. “Não há uma liderança, ainda, definida. Posso lhe dizer que o conjunto de forças que atuou em torno de Lucélio vai procurar se manter unida, quem vai liderar esse conjunto, é uma outra conversa. Vamos sentar e discutir os diversos caminhos a serem adotados”.

Apesar da derrota na Paraíba, o presidente do PSC na Paraíba, deputado federal Marcondes Gadelha, avaliou positivamente essas eleições, no aspecto da democracia, apesar de não ter elegido suas principais lideranças no Estado. “A gente tem que aceitar a vontade do povo. Não adianta reclamar contra o veredicto das urnas, temos que aceita-lo com resignação, com paciência”.

Ele disse que o insucesso das candidaturas de Leonardo Gadelha para a Câmara dos Deputados e de Renato Gadelha para a Assembleia Legislativa não tira o seu ânimo e a sua crença no sistema democrático. “Tenho críticas a fazer ao sistema eleitoral, esse sistema proporcional subverte muito os valores e, de modo geral, diminui a representatividade, porque estão em jogo outros valores e isso afeta muito o processo”.

Marcondes disse que não vai buscar causas para esse insucesso na eleição porque não se pode trabalhar com hipóteses. “Aparece um rosário de condicionantes, se tivesse feito assim, de tal maneira, a gente não pode trabalhar com realidades alternativas, tem que trabalhar com o que está aí. O que deu errado não se pode dizer que a estratégia foi equivocada, faltou empenho”, argumentou, lembrando que no caso de Leonardo, por exemplo, a diferença foi de apenas 477 votos em relação ao último colocado.

Embora sem querer apontar causas, ao ser questionado se faltou unidade nas oposições, ele lembrou que propôs até a última hora essa união. Mas a posição tomada pelo PSC foi “de boa fé”, disse, confiando que as pessoas iriam acabar encontrando meios para unir o conjunto das oposições. Ele alertou para a “armadilha de lógica” que é tentar adivinhar se teria ocorrido um resultado diferente se o PSC tivesse apoiado o MDB em vez do PV. “Muito difícil estabelecer isso matematicamente, não temos como estabelecer a convicção se tivéssemos tomado outro caminho”.

O parlamentar lamentou a descrença dos eleitores, mas avaliou que democracia saiu fortalecida, destacando a importância da rotatividade do poder. “Há uma descrença generalizada em tudo, nos políticos, no sistema eleitoral e também no modelo econômico e até no arranjo social do país. Mesmo assim, com toda essa descrença, o povo compareceu maciçamente”, disse Marcondes.

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