PEC

Parlamentares articulam o retorno da doação empresarial para campanha eleitoral

Senador Cássio Cunha Lima defende o retorno do financiamento empresarial para campanha e diz que após a experiência desta eleição, Congresso vai ter que decidir sobre isso

Parlamentares articulam o retorno da doação empresarial para campanha eleitoral

Cássio Cunha Lima, senador — Foto:Divulgação

Inconformados com as baixas receitas provenientes de doações de pessoas físicas, depois que foi proibida doação por empresas para campanha eleitoral, como forma de combater a corrupção, os congressistas já articulam uma forma de trazer de volta o financiamento empresarial de campanha. Deputados e senadores querem aproveitar a dificuldade de arrecadação nesta eleição, para levantar o debate.

“O Congresso, após a experiência desta eleição, vai ter que decidir sobre isso. Não dá para tirar o financiamento empresarial sem colocar algo no lugar”, disse o senador Cássio Cunha Lima, favorável à doação por empresas. 

A 13 dias da eleição, os quatro candidatos a prefeito de João Pessoa, por exemplo, declararam juntos uma receita que soma R$ 1,3 milhão, ou seja, cerca de R$ 1 milhão a menos do que o total de despesas contratadas pelos quatro postulantes à prefeitura.  

De acordo com a Agência Estado, a duas semanas da votação, 28% dos 16.356 políticos que disputam as 5.568 prefeituras do País não arrecadaram nem um centavo, segundo as prestações de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A articulação para debater o financiamento de campanha, na Câmara dos Deputados, tem partido principalmente de deputados do Centrão – grupo de 13 partidos liderados por PP, PSD, PTB e SD. Já no Senado, a discussão vem sido levantada pelo PP, grande parte do PSDB e do PMDB, e de alguns parlamentares do PT.

O Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade do financiamento de pessoas jurídicas a partidos e candidatos. Para trazer de volta a doação por empresas, é preciso aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Uma PEC sobre o tema foi aprovada pela Câmara em setembro do ano passado, mas continua parada no Senado. 

Receitas dos candidatos a prefeito de João Pessoa:

Victor Hugo (PSOL)

R$ 14.060,00

Total de despesas contratadas: 

R$ 3.961,60

Charliton Machado (PT)

R$ 207.142,00

Total de despesas contratadas:

R$ 179.487,94

Cida Ramos (PSB)

R$ 370.864,40

Total de despesas contratadas:

R$ 1.216.375,90

Luciano Cartaxo (PSD)

R$ 745.353,25

Total de despesas contratadas:

R$ 957.872,38

Receitas dos candidatos a prefeito de Campina Grande:

David Lobão (PSOL)

Zero receita e zero despesa

Walter Brito (PEN)

Zero receita

Total de despesas contratadas

R$ 1.200,00

Adriano Galdino (PSB)

R$ 154.350,00

Total de despesas contratadas

R$ 292.764,70

Artur Bolinha (PPS)

R$ 205.300,00

Total de despesas contratadas

R$ 292.394,09

Romero Rodrigues (PSDB)

R$ 353.437,49

Total de despesas contratadas

R$ 563.223,50

Veneziano Vital (PMDB)

R$ 699.000,00

Total de despesas contratadas

R$1.083.464,75

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